A Rede D’Or (RDOR3) anunciou um novo plano de expansão, onde investirá cerca de R$ 7,5 bilhões para abrir 5,4 mil novos leitos até 2028, um aumento de 46% em relação a sua base atual. Consolidada como a maior rede de hospitais privados do país, a companhia mudou recentemente a sua estratégia para expandir, dando preferência ao crescimento orgânico.
Segundo a companhia, o novo modelo de crescimento vem dando mais resultados em relação às operações de fusões e aquisições (M&As) que a empresa realizou nos últimos anos. Em entrevista ao Valor Econômico, Paulo Moll, presidente da Rede D’Or, afirmou que a intenção é que os hospitais da rede subam de 150 para 200 leitos em média.
Expansão da Rede D’Or nos últimos anos
Antes do arrefecimento do setor de saúde, a companhia adquiriu mais de 20 empreendimentos com o intuito de aumentar a sua exposição nacional e aumentar o portfólio. Entre as aquisições mais relevantes está a da SulAmérica em 2022. Na época, o negócio foi avaliado em cerca de R$ 15 bilhões, com a Rede D’Or assumindo 100% das operações da companhia de seguros.
Recentemente, a companhia também negociou uma parceria com o Grupo Bradesco Seguros, para adquirir a Atlântica Hospitais e criar uma nova rede de hospitais em São Paulo e no Rio de Janeiro, o a Atlântica D’Or.
Com um caixa de R$ 17,5 bilhões, Moll afirma que a empresa está estruturada para honrar com os compromissos, assim como também crescer de forma orgânica. Atualmente, os preços para a construção de novos hospitais tem sido elevado devido às novas tecnologias do setor. Segundo ele, a companhia investe cerca de R$ 1,5 milhão por leito.
Novas apostas do grupo em momento de retomada
Além de registrar um crescimento significativo no primeiro semestre, com receita líquida de R$ 25 bilhões, a Rede D’Or, também registra uma alta nas ações negociadas na Bolsa de Valores brasileira. No ano, o avanço é de 22%.
A companhia está à frente de um projeto inovador de transparência nos indicadores assistenciais dos hospitais. Essa divulgação apresenta dados como taxas de infecção, reinternação, mortalidade, quedas e partos, permitindo que os pacientes escolham o hospital com base na qualidade do atendimento. Embora seja uma prática comum nos Estados Unidos, no Brasil, continua em fase de adoção.
Seguindo essa tendência, a Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp) também passou a divulgar os indicadores de seus associados. “Nossos dados assistenciais são auditados por uma empresa externa especializada. Iniciamos a publicação no ano passado, para que o paciente possa fazer escolhas embasadas em informações confiáveis”, revelou Moll.
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