Câmbio: Dólar fecha acima de R$ 5,90 com tensão entre EUA e China

O dólar fechou esta segunda-feira (7) em alta de 1,30%, a R$ 5,91 — primeira vez que fecha acima de R$ 5,90 pela primeira vez desde 28 de fevereiro. O movimento reflete a intensificação da guerra comercial entre Estados Unidos e China.

No início da tarde, o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou impor uma tarifa adicional de 50% sobre produtos chineses a partir de 9 de abril. A medida seria uma resposta à tarifa de 34% adotada pela China na semana passada, em retaliação ao aumento de tarifas promovido pelos Estados Unidos.

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A fala de Trump provocou uma piora generalizada nos ativos de risco, pressionando moedas de países emergentes, como o real. Durante o dia, o dólar chegou a bater R$ 5,9324 na máxima.

Dólar acumula alta de 3,60% no mês

Com o desempenho desta segunda, o dólar já acumula valorização de 3,60% em abril. No ano, a queda da moeda frente ao real, que já superava 8%, agora foi reduzida para 4,36%.

O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, subia 0,30% no fim da tarde, indicando fortalecimento da divisa no mercado internacional.

Real tem desempenho melhor que outros emergentes

Apesar da pressão externa, o real teve desempenho melhor do que outras moedas latino-americanas e emergentes. A exceção foi o peso chileno, que também resistiu às perdas.

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Segundo analistas, a moeda brasileira é sustentada pelos juros elevados no país. A taxa Selic mais alta torna o investimento em real mais atrativo, dificultando a fuga de capitais.

BC mantém sinal de juros altos

Em meio à volatilidade, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, reforçou nesta segunda o incômodo da instituição com a desancoragem das expectativas de inflação.

Analistas do mercado já projetam uma nova alta na taxa Selic em maio, com manutenção de uma política monetária restritiva por um período mais longo.

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