O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, encerrou o último pregão de março em queda de 1,25%, aos 130.259,54 pontos, impactado pelas incertezas ocasionadas pelas tarifas recíprocas dos Estados Unidos (EUA), que devem ser anunciadas oficialmente nesta quarta-feira (2), influenciando o mercado global.
Segundo o Secretário de Tesouro dos EUA, Scott Bessent, Trump anunciará as tarifas recíprocas às 16h (horário de Brasília). Bessent disse à Fox News que, pela primeira vez, “veremos um comércio justo e todos terão a oportunidade de reduzir suas barreiras tarifárias.”.
Até o momento, o cenário global é de cautela e expectativa de alta volatilidade durante a semana, ponderando os possíveis impactos que devem chegar com o anúncio.
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No cenário internacional, os países se preparam para reagir às sanções comerciais de Trump. A presidente da UE, Ursula Von der Leyen, declarou que o bloco europeu tem um plano forte para retaliar as tarifas recíprocas dos EUA, se necessário.
A China também afirmou que pretende coordenar uma resposta às tarifas comerciais dos EUA com o Japão e Coreia do Sul, segundo notícias.
Destaque também para a divulgação de indicadores econômicos, dados de inflação da Europa e discurso da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde.
No Brasil, o mercado acompanha de perto os acontecimentos externos e mantém a posição mais cautelosa e amigável, de tentar negociar sanções comerciais com os EUA após o anúncio.
No final desta segunda-feira (31), um relatório do USTR acusou o Brasil e mais 58 países de imporem numerosas barreiras contra produtos americanos.
Em meio à apreensão global e os mercados no modo aversão ao risco, o dólar abriu em alta de 0,07%, a R$ 5,70, assim como o dólar futuro, que avança 0,08%, a R$ 5,73. Já os juros futuros recuam, enquanto o Ibovespa futuro sobe 0,10%, aos 131.130 pontos.
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Manchetes desta manhã
- EUA acusam Brasil de tarifa alta e imprevisibilidade (Valor)
- Tarifas ‘olho por olho’ de Trump afetam mercado de ações nos EUA (O Globo)
- Depois do BRB, BTG pode comprar fatia do Banco Master (Estadão)
- Promotoria denuncia ex-executivos da Americanas sob acusação de fraude (Folha)
- Brasil reagirá a tarifaço de Trump sem dar ‘tiro no pé’, afirma Celso Amorim (Valor)
Mercado global
Na Europa, as Bolsas voltam a subir em movimento de correção após mínimas de dois meses na sessão anterior, porém com sentimento de cautela às vésperas das tarifas recíprocas de Trump.
Novo Nordisk sobe 2,75%, após nove sessões consecutivas de perdas. O índice Stoxx 600 encerrou o trimestre em alta com o pacote fiscal histórico da Alemanha e as perspectivas de desaceleração do crescimento dos EUA.
Os índices da Ásia iniciaram o mês de abril em alta, recuperando as perdas da véspera, quando o índice Nikkei registrou perda de mais de 4%, devido ao cenário de aversão ao risco atrelado às tarifas de Trump.
Na China, o desempenho positivo foi impulsionado pelo PMI industrial medido pela S&P Global e Caixin, que avançou para 51,2 pontos, acima do consenso de estabilidade.
Em Nova York, os índices futuros abriram baixa nesta terça-feira, à espera do anúncio oficial sobre as sanções dos EUA sobre seus parceiros comerciais.
Confira os principais índices do mercado:
• STOXX 600 +0,8%
• FTSE 100 +0,6%
• Nikkei 225 estável
• Shanghai SE Comp. +0,4%
• MSCI EM +0,7%
• Dollar Index estável
• Yield 10 anos -4,4bps a 4,1613%
• Bitcoin +2,3% a US$ 84307,19
Commodities
- Petróleo: se estabiliza perto de US$ 75 enquanto o mercado pondera tarifas e sanções. O brent/junho sobe 0,28%, a US$ 74,98 e o WTI/maio avança 0,29%, a US$ 71,69. Os contratos atingiram máximas de cinco semanas no dia anterior.
- Minério de ferro: fechou em alta de 1,86% em Dalian, na China, cotado a US$ 108,95/ton. Em Singapura, os contratos futuros seguem em alta de 1,78%, cotados a US$ 102,85/ton e o mercado à vista avança 1,66%, cotado a US$ 103,90/ton.
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Cenário internacional
Nos Estados Unidos, a agenda destaca a divulgação do PMI dos EUA às 10h, pela S&P Global. Logo mais, às 11h, sai o ISM industrial de março e o relatório Jolts de vagas de emprego abertas em fevereiro.
Na Europa, destaque para o discurso da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, em evento às 9h30.
No mais, a agenda segue repleta de indicadores que ajudam a ditar o ritmo da economia. Na Zona do Euro, o PMI do setor industrial subiu para 48,6 em março, de 47,6 em fevereiro e 48,7 projetado pelo mercado.
Já a inflação ao consumidor (CPI) da região avançou 2,2% em março, em base anual, contra alta de 2,3% em fevereiro e em linha com o esperado pelo mercado.
Na China, o PMI industrial Caixin subiu para 51,2 em março, ante 50,8 em fevereiro.
Cenário nacional
No Brasil, destaque para a divulgação do PMI industrial do Brasil de março pela S&P Global, às 10h, além do leilão de LFTs e NTN-Bs do Tesouro.
A B3 divulgou nesta terça-feira a prévia da carteira teórica do Ibovespa, que irá valer de maio a agosto de 2025, incluindo Direcional ON e excluindo Automob e LWSA.
No cenário da alta dos juros, o diretor de política econômica do Banco Central, Diogo Guillen, disse em evento nesta terça-feira que o ciclo de alta da Selic deve continuar, mas que o Copom deixou a magnitude dessa alta em aberto devido ao cenário de incertezas.
Entre os compromissos do dia, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cumpre agenda de eventos em Paris e terá reunião com o ministro das Finanças da França, Eric Lombard.
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Destaques no mercado corporativo
- Petrobras: anunciou a redução do preço do diesel em R$ 0,17 por litro, o equivalente a 4,6%.
- Vale: acertou com a Global Infrastructure Partners (GIP) estabelecer uma joint venture na Aliança Energia. O acordo prevê o recebimento de US$ 1 bilhão pela Vale.
- Americanas: O MPF denunciou 13 ex-executivos e ex-funcionários da empresa pelas fraudes estimadas em R$ 25 bilhões.
- BRB & Banco Master: BTG Pactual pode entrar na compra de fatias do Master, principalmente na carteira de precatórios. Segundo análise do BC, o processo pode levar até 360 dias, mas previsão de conclusão é de 6 meses.
- Qualicorp: anunciou a distribuição de R$ 1,56 milhão em dividendos: R$ 0,0055/ação, com pagamento até 31/12; ex 30/6.
- Minerva: Conselho aprovou a aquisição da Fortunceres e Frigorífico Patagônia, que será levada à assembleia de acionistas (no âmbito de aquisição de ativos da Marfrig).
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