Em 14 de fevereiro de 2025, o Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou o julgamento de recursos contra a decisão que revogou a revisão da vida toda, que permitia aos segurados do INSS escolher a regra mais vantajosa para o cálculo da aposentadoria. Os ministros analisam se quem obteve aumento no benefício por meio da Justiça precisará devolver os valores recebidos, além de discutirem a possível anulação do julgamento e a definição de um marco temporal para a aplicação do entendimento que rejeitou a revisão.
Nos últimos anos, a “revisão da vida toda” tem sido um tema de grande interesse para aposentados e segurados do INSS. Essa revisão permitia que os beneficiários recalculassem suas aposentadorias, considerando salários anteriores a julho de 1994, caso isso fosse mais vantajoso. No entanto, em 2024, o Supremo Tribunal Federal (STF) invalidou essa possibilidade, alterando significativamente o cenário para muitos aposentados.
A decisão do STF foi baseada na obrigatoriedade da aplicação do fator previdenciário, o que inviabilizou a revisão da vida toda. Essa mudança impactou aqueles que buscavam um aumento em seus benefícios ao incluir contribuições anteriores a 1994. A decisão trouxe à tona discussões sobre a devolução de valores recebidos e a aplicação de um marco temporal para a nova interpretação da lei.
Qual foi o impacto da decisão do STF sobre a revisão da vida toda?
Com a decisão do STF, a revisão da vida toda foi definitivamente eliminada. A Corte decidiu que o cálculo dos benefícios deve seguir a regra de transição estabelecida pela reforma da Previdência de 1999. Essa regra considera 80% dos maiores salários ao longo da vida do trabalhador, excluindo salários anteriores a julho de 1994. Para quem entrou na Previdência após 1999, aplica-se o fator previdenciário, calculando o benefício a partir da média simples dos salários de contribuição.
Essa decisão gerou preocupações entre os aposentados que já haviam obtido aumentos em seus benefícios com base na revisão da vida toda. No entanto, o relator do caso, ministro Nunes Marques, indicou que não será necessário devolver os valores recebidos até abril de 2024, quando a decisão foi tomada. Isso trouxe um alívio para muitos segurados que temiam ter que devolver quantias significativas ao INSS.

O que significa a aplicação obrigatória do fator previdenciário?
O fator previdenciário é um mecanismo utilizado para calcular o valor das aposentadorias, levando em consideração a idade do segurado, o tempo de contribuição e a expectativa de vida. A aplicação obrigatória desse fator, conforme decidido pelo STF, significa que todos os cálculos de aposentadoria devem incluir essa fórmula, sem exceções.
Antes da decisão do STF, a revisão da vida toda permitia que os segurados escolhessem a regra mais vantajosa para o cálculo de seus benefícios, o que poderia excluir o fator previdenciário. Com a obrigatoriedade, essa escolha foi eliminada, afetando diretamente aqueles que se aposentaram com base na regra anterior.
Quais são as perspectivas futuras para os segurados do INSS?
Com a decisão do STF, os segurados do INSS devem se adaptar à nova realidade do cálculo de suas aposentadorias. A eliminação da revisão da vida toda significa que as regras de transição e o fator previdenciário serão aplicados de forma rigorosa. Isso pode resultar em benefícios menores para alguns segurados, especialmente aqueles que contribuíram antes de 1994.
No entanto, a decisão também trouxe clareza ao sistema previdenciário, eliminando incertezas sobre a aplicação das regras. Os segurados devem estar atentos a possíveis mudanças legislativas futuras que possam impactar o cálculo de seus benefícios. Além disso, é importante que os trabalhadores se informem sobre suas contribuições e direitos para garantir uma aposentadoria justa e adequada.
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