No país da campeã da Copa feminina, árbitras viram dilema e ouvem críticas

O que parecia ser uma solução para a questão de gênero virou um problema no futebol feminino da Espanha, atual campeã da Copa do Mundo feminina. Atualmente, só mulheres podem apitar jogos da primeira divisão, mas dirigentes e jogadoras reclamam que falta profissionalismo e capacidade para as árbitras.

Desde que o futebol feminino se profissionalizou na Espanha, em 2022, só árbitras podem apitar jogos da categoria. A regra, que a princípio foi criada para defender a inclusão das mulheres, virou um dilema.

A Liga F (primeira divisão da Espanha) disse que há tempos os clubes espanhóis propõem melhorar o nível da arbitragem. Para isso, pedem árbitras e árbitros preparados pela formação, e não pelo gênero.

Em entrevista recente ao meio espanhol Artículo 14, a presidente da Liga F, Beatriz Álvarez, falou sobre o tema.
“Temos um problema com a arbitragem na liga. Há muitas árbitras que não têm experiência, que não têm muita trajetória e não têm formação. Sou feminista e sempre defendi a igualdade das mulheres, mas no futebol profissional acredito que os melhores podem ser tanto homens quanto mulheres”, disse.

“Os melhores deveriam nos arbitrar, não importa se são homens ou mulheres”, afirmou recentemente a goleira Catalina Coll, do Barcelona, ao jornal Mundo Deportivo.

Um dirigente de um dos clubes que participa da Liga F, que prefere não ser identificado, vai na mesma linha.
“A arbitragem não tem gênero, tem formação. O ideal teria sido colocar no início um grupo misto para apitar nos jogos da Liga F, enquanto mais mulheres eram formadas”, afirmou.

“Não se pode expor mulheres que não tiveram uma grande trajetória apitando em todas as categorias. Acho que justamente por não terem feito um bom processo as árbitras têm sido estigmatizadas aqui”, acrescentou.
Ainda sem VAR

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