O mercado publicitário brasileiro fechou o ano de 2024 com um faturamento de R$ 26,3 bilhões, registrando um crescimento de 12,1% em relação ao ano anterior. O impulso do setor foi marcado pela forte presença das montadoras chinesas, pela realização dos Jogos Olímpicos de Paris e pelas campanhas eleitorais das eleições municipais.
Os dados, divulgados pelo Cenp (Conselho Executivo das Normas-Padrão), refletem um cenário otimista para o setor, que se consolidou como um dos motores econômicos ao movimentar uma vasta cadeia produtiva. “O crescimento das verbas publicitárias em 2024 mostra, mais uma vez, a vitalidade da nossa indústria e o papel estratégico da publicidade como propulsora do crescimento do país”, destacou Luiz Lara, presidente do Cenp.
As datas comerciais tradicionais, como Black Friday e Natal, também contribuíram significativamente para impulsionar o faturamento, consolidando-se como momentos-chave para as marcas investirem em campanhas de grande alcance.
A televisão segue como o principal canal publicitário do país, concentrando 42% das inserções realizadas no ano e movimentando R$ 11,1 bilhões. Dentro desse montante, a TV aberta foi responsável por impressionantes 86,3% das mídias pagas, mantendo sua hegemonia como o veículo de maior alcance e impacto.
Por outro lado, a internet consolidou sua posição como o segundo maior meio de divulgação, atingindo um faturamento de R$ 10,4 bilhões, o que representa 39,8% de participação no mercado publicitário. O avanço digital tem sido impulsionado pela crescente demanda por anúncios direcionados e campanhas interativas, aproveitando a intensa presença dos brasileiros nas plataformas digitais.
Outros meios também registraram participação relevante no faturamento do setor. A publicidade fora de casa, como outdoors e painéis eletrônicos, alcançou 11,8% do mercado, enquanto as rádios concentraram 4% das inserções. Jornais (1,4%), revistas (0,4%) e cinemas (0,3%) completam o quadro dos veículos que captaram investimentos publicitários no ano.
Regional
O levantamento do Cenp também apontou que as campanhas de abrangência nacional dominaram o mercado, representando 68,2% das inserções realizadas ao longo de 2024. No recorte por regiões, o Sudeste liderou com 19,6% do volume de anúncios, seguido pelo Nordeste (4,6%), Sul (3,6%), Centro-Oeste (2,8%) e Norte (1,1%).
Os dados foram compilados com base nos PIs (pedidos de inserção) realizados por 339 agências brasileiras e auditados pelo NQT (Núcleo de Qualificação Técnica), garantindo a precisão e a integridade dos números apresentados. A análise da KPMG também corroborou a segurança e transparência dos resultados, destacando o cumprimento dos padrões de governança exigidos pelo mercado.
Para o presidente do Cenp, Luiz Lara, o crescimento expressivo da publicidade no último ano reforça a confiança das empresas em investir para se conectar com os consumidores. “Trata-se de um setor que impulsiona uma cadeia de diversos outros segmentos, gera milhares de empregos e estimula o consumo”, afirmou em nota.
Com o aumento das verbas publicitárias e a intensificação de campanhas digitais, o mercado demonstra estar preparado para continuar crescendo em 2025, especialmente com a expectativa de eventos esportivos e a retomada de grandes festivais culturais. A combinação de inovação tecnológica com estratégias multicanais deve garantir que a publicidade continue desempenhando um papel central na economia brasileira, fortalecendo marcas e impulsionando negócios de norte a sul do país.
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