O governo federal anunciou que começa nesta sexta-feira (21/03) uma nova linha de crédito consignado voltada para trabalhadores da iniciativa privada, chamada de “Crédito do Trabalhador”. A medida, que entra em vigor imediatamente, promete oferecer empréstimos com taxas de juros significativamente mais baixas do que as praticadas pelo mercado tradicional, graças ao uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como garantia.
A iniciativa busca democratizar o acesso ao crédito para aproximadamente 47 milhões de trabalhadores com carteira assinada, incluindo empregados domésticos, rurais, assalariados e microempreendedores individuais (MEIs). O objetivo central é impulsionar o consumo e fomentar a economia, enquanto alivia o peso dos altos custos financeiros enfrentados pela classe média.
Como funciona?
O “Crédito do Trabalhador” elimina a necessidade de convênio entre a empresa e o banco, facilitando a contratação diretamente pelo aplicativo Carteira de Trabalho Digital. Todo o processo ocorre de forma online, com o trabalhador autorizando que as instituições financeiras habilitadas pelo Ministério do Trabalho acessem dados básicos, como nome, CPF, margem salarial disponível para consignação e tempo de empresa. Essa autorização está em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
A parcela mensal, descontada diretamente na folha de pagamento via eSocial, pode comprometer até 35% do salário bruto do trabalhador, incluindo abonos, comissões e benefícios. Por exemplo, quem recebe salário de R$ 3.500 poderá contratar um empréstimo com parcela máxima de R$ 1.225. A expectativa é que as taxas de juros sejam reduzidas em até 40% em comparação aos consignados privados tradicionais, devido ao menor risco de inadimplência garantido pelo FGTS.
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