São Francisco de Assis nasceu em 1181, em Assis de Francesco, converteu-se ao cristianismo em 1206, renunciando aos bens paternos e iniciando uma vida de pregação do Evangelho. A forma da mensagem e do estilo de vida e de apostolado de Francisco causou, num primeiro momento, perplexidade aos seus contemporâneos.
Com certeza, Francisco analisou e debateu a religião, a civilização e a sociedade, observando os valores espirituais e materiais. Sempre valorizou o diálogo, principalmente, mediante as palavras simples, o amor de Deus, a caridade, a cautela nos julgamentos, a firmeza nas resoluções, a fidelidade nas obrigações, a humildade e a sabedoria.
Segundo Jacques Le Goff, um dos biógrafos de Francisco, “A fraternidade franciscana, a consagração à pobreza e uma liderança dinâmica alternando a solidão e a inserção social a partir da pregação nas cidades de Umbria o fixaram como uma das mais cultuadas figuras religiosas do Ocidente”. Ainda de acordo com Le Goff, São Francisco seria o santo mais moderno da Igreja por defender a ecologia, o anticonsumismo, a simplicidade, a liberdade de espírito, sendo um feminista de primeira hora na relação com Santa Clara e a ordem das clarissas.
Realmente, São Francisco sempre desenvolveu e estudou uma proposta de paz, o que é visível em sua conhecida oração: “Senhor, fazei-me um instrumento de vossa paz”. Acredito que, se fizéssemos uma análise do conteúdo da oração, teríamos um mundo melhor, onde a solidariedade e o amor ao próximo prevaleceriam. É por isso que chamamos essa oração de ecumênica, ou seja, não se conflita com nenhuma outra religião.
O mundo está com sede de paz. Como seria bom se nos dias de hoje os líderes mundiais e as pessoas que formam opinião, seguissem o pensamento de São Francisco. Tiremos o ódio de nossos corações e coloquemos o amor.
GONZAGA MOTA
PROFESSOR
APOSENTADO DA UFC
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