Parece totalmente absurdo relacionar o estudo das palavras, do léxico, com um componente tão diverso e aplicável no mundo corporativo, como é a matriz SWOT. Beira ao devaneio, sobretudo aos linguistas, porquanto às pessoas de mercado, ao que parece, há espaços maiores para diversificações e para outras formas de invenção.
Mas não é, por dois motivos: primeiro pelo fato de a análise SWOT possuir espaço nos mais diversificados mundos de atividades, por ser uma ferramenta para identificação de pontos fortes e fracos; segundo, e principalmente, para se estabelecer um plano de atividades, um planejamento, a fim de que se atinjam resultados, diante de informações. Parte-se de dados, de informes e, com a ajuda da tecnologia, de sistemas, planilhas e painéis, é possível direcionar pretensões e metas. Tudo isso cabe na análise SWOT.
Quanto à lexicologia, comparativamente ao dito sistema de tecnologia da informação [TI], enxerga-se mui presente a pertinência temática em razão das múltiplas formas de se estudar o léxico, considerando as competências oficiais definidas pelo Estado Brasileiro, mais especificamente pelo Ministério da Educação [MEC]. Um aparte: tive dificuldades em obter informações, de que deve dispor o MEC ou órgão/entidade vinculado, quanto ao conteúdo programático oficial para as séries – ensino fundamental e médio –, relativamente à língua portuguesa. Somente com o vasculhamento de arquivos na internet e investigações feitas em PDF’s, que se imaginam oficiais, é que pude extrair temas verdadeiros e, de fato, presentes nas escolas do Brasil, públicas e privadas.
Todavia, considerando existirem, ao todo, no fundamental e médio, sete etapas anuais, sempre em contextos de pré-requisitos à continuidade cursiva, bem como se levando em conta o fato de se encontrar o estudo da linguagem e língua portuguesa relacionado a um campo vastíssimo de conceitos e, ainda, por estarem muito interligadas as competências textuais, entre classes, a análise de SWOT poderá, sem qualquer dúvida, fixar parâmetros, definir diretrizes, para temas. Tudo isso visando a formas de se estudar a palavra, o seu uso, variações, texturas coesivas e de coerência, em tudo se associando períodos, competências e conteúdos.
E de uma forma a que haja sequenciamento de ideias e conceitos, com o fito de que o estudante chegue ao ensino superior e à vida laboral não apenas com capacidade formal fixada, mas também lhe sendo possível ordenar discernimentos encadeadamente, textualmente falando e, sobretudo, com leques maiores quanto ao vocabulário ativo e adequado uso dos termos.
Em síntese, a ferramenta de TI muito pode ser útil na esquematização de temáticas e formas de absorção de significações, a fim de que a comunicação seja mais inteligível e inteligente, algo que tem faltado nas escolas, de um modo geral.
RODRIGO CAVALCANTE
PROFESSOR UNIVERSITÁRIO E SECRETÁRIO DE AUDITORIA INTERNA NO TRT/7ª REGIÃO
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