Queda na popularidade de Lula impulsiona alta do Ibovespa e valorização de ações

O Ibovespa encerrou esta sexta-feira (14) em alta de 2,7%, atingindo 128.219 pontos, impulsionado pela valorização das ações da Petrobras, bancos e mineradoras. No acumulado da semana, a Bolsa brasileira avançou 2,89%, voltando a patamares de dezembro de 2024. A divulgação da pesquisa DataFolha, que mostrou um aumento na reprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para 41%, foi um dos fatores que fortaleceram o desempenho do mercado.

Popularidade de Lula em queda e impacto no mercado

O levantamento do DataFolha apontou uma queda expressiva na aprovação do presidente, que recuou de 35% para 24%, o menor índice desde o início de seu terceiro mandato. Ao mesmo tempo, a reprovação subiu de 34% para 41%, gerando preocupações sobre a governabilidade e futuras políticas econômicas.

“A queda de 11 pontos percentuais na aprovação de um presidente não é normal e tem reflexos diretos na economia. Os investidores precificam um governo mais fraco politicamente e com menos capacidade de implementar medidas de impacto no mercado”, afirmou o economista André Perfeito.

Petrobras, Vale e bancos lideram ganhos

Os papéis da Petrobras registraram forte valorização: as ações preferenciais (PETR4) subiram 3,2%, enquanto as ordinárias (PETR3) avançaram 3,6%. O mercado reagiu positivamente às declarações de Lula, que reforçou o interesse do governo em fortalecer a estatal e retomar a liderança no setor de mineração.

A Vale (VALE3) também teve um desempenho positivo, com alta de 1,5%, acompanhando a valorização do minério de ferro no mercado internacional. Já os bancos figuraram entre os destaques do pregão:

  • Banco do Brasil (BBAS3): +4,7%
  • BTG Pactual (BPAC11): +4,5%
  • Santander (SANB11): +3,8%
  • Bradesco (BBDC4): +2,6%

A maior valorização do dia foi registrada pela Vamos (VAMO3), que subiu 9,8%. Na ponta negativa, a Petz (PETZ3) liderou as perdas, com recuo de 1,8%.

Cenário internacional e tarifas de Trump

O mercado brasileiro ignorou os temores em torno das tarifas recíprocas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O governo norte-americano declarou que pretende estudar as novas medidas tarifárias até abril, o que deu mais tempo para negociações diplomáticas e reduziu o impacto no mercado.

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