A China não anunciou novas ações de retaliação, nessa quinta-feira (6), mas os porta-vozes dos principais ministérios aceleraram a escalada retórica com o governo de Donald Trump. Em entrevista coletiva, He Yongqian, do Ministério do Comércio, afirmou que as tarifas adicionais de 10% sobre todos os produtos chineses são “perversas” e que, “diante de atos unilaterais de bullying, [Pequim] vai tomar as medidas necessárias”.
No Ministério do Exterior, Lin Jian já havia dito que Pequim “deplora” as novas tarifas, justificadas “com o pretexto do fentanil”, e que “pressionar ou ameaçar a China não vai levar a nada”. Sobre a droga, “é um problema para os EUA, sua causa raiz está no próprio país”, não no exterior, e “reduzir a demanda interna por drogas é a solução fundamental”.
Ontem, falando sobre a ideia de Trump de “limpar” a Faixa de Gaza e torná-la uma “Riviera” imobiliária, Guo Jiakun, outro porta-voz, descreveu os movimentos americanos como “uma lei da selva” ou “do mais forte”. Outro sinal da escalada foi a confirmação, por Guo, de que o ex-embaixador na França, Lu Shaye, foi escolhido como representante especial de Pequim para Assuntos Europeus. É quem vai lidar a partir de agora “com países europeus e instituições da União Europeia”, que conhece como enviado “experiente”, buscando “promover diálogo e cooperação”.
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