O cenário atual no Mundo, o qual já vem sendo deveras afetado, há tempos, inspira redobrados cuidados de que a sociedade e o Estado, em geral, devem se munir em todas as áreas, especialmente no belicoso terreno das relações entre as superpotências.
Com a segunda ascensão de Donald Trump ao cargo de Presidente dos Estados Unidos da América, todo passo em direção às relações diplomáticas entre países, deve-se precaver dos “solavancos” que um movimento em falso pode causar.
Desde o início do seu novo mandato, Trump vem deixando claro que pretende pôr em consecução seu projeto de governo, adotando medidas e posturas que dele já eram esperadas, principalmente as que mais atinam com sua ideologia econômico-social.
As severas restrições e taxações impostas ao mercado internacional, a começar pelos vizinhos (México e Canadá), não só reacenderam as preocupações com os riscos de uma crise diplomática global, como também podem tornar árduo, o binômio indispensável à saúde econômica dos demais países, manifesta em importação/exportação.
Mas não é só isso. O desastre ocorrido na Flórida, envolvendo um avião e um helicóptero, que atingiu mais de 67 pessoas, desencadeou mais uma (má) sorte de infelizes declarações dadas pelo Presidente dos EUA, quando relacionou o acidente aéreo às políticas de diversidade, sem eira nem beira.
Sabe-se que o local do acidente é propenso a desastres. Coincidência ou não, em 1982, o Cinema pareceu antever a tragédia, com o Filme “Desastre no Rio Potomac”, que retrata a história do Vôo 90, que caiu nas águas do mesmo tormentoso Rio, também no mês de janeiro.
Enquanto isso, os demais países, a exemplo do Brasil, que têm dentre os princípios regentes nas suas relações internacionais a defesa da paz e a solução pacífica dos conflitos, são automaticamente convidados a se posicionarem, tendo em vista o resguardo não só da soberania nacional, mas da própria sobrevivência das relações na comunidade internacional.
Olhando profundamente para nosso umbigo, devemos admitir que não andamos nada bem das pernas, para não se dizer que estamos quase à deriva, já que findamos 1/12 avos de 2025, sem pisar na “terra prometida” pelo atual governo, sem que jorre “picanha” na mesa de todos.
A realidade d’agora está bem aquém das esperanças de outrora, pois se em 2003, a esperança teria vencido o medo; agora, o medo voltou a aterrorizar de tal forma, que alguns já perderam as esperanças.
Nada de partidarismo aqui, não. Só uma dura constatação de nossa indesejável realidade. Entretanto, apesar dos pesares, ainda há tempo de se recompor e não deixar que a peteca caia de vez, desde que haja um mínimo de boa vontade política de se reerguer.
Em tema de retomada do crescimento, o Governo tem de encontrar uma fórmula que não seja somente através do aumento da exação fiscal e corte de gastos, a fim de que se retome o status que tínhamos.
Claro que não podemos nos comparar com os estadunidenses, que ainda lá pelo início dos anos de 1900, já possuíam a mesma quantidade de aço que Inglaterra e Alemanha juntas; e também já detinham um terço de todas as vias férreas do Mundo.
Mas somos um País com grandes reservas, e são nelas que podemos encontrar subsídios para o desejável crescimento, mesmo que a duras penas.
PAULINO FERNANDES
DEFENSOR PÚBLICO E PROFESSOR
O post O que esperar para 2025 apareceu primeiro em O Estado CE.