Peixes foram achados mortos e vegetação também foi prejudicada. Acidente aconteceu no sábado (25) em Paulo Lopes, na Grande Florianópolis. Carreta tomba na BR-101 na Grande Florianópolis e produto químico vaza
Os cerca de 16 mil litros de produto químico que vazaram após uma carreta tombar na BR-101 em Paulo Lopes, na Grande Florianópolis, contaminaram o solo, um rio e a vegetação próximos do local. A constatação é do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), que encontrou exemplares de peixes mortos.
O vazamento ocorreu no começo da manhã de sábado (25) no sentido Sul da BR-101. A rodovia chegou a ser interditada, sendo liberada somente às 20h.
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Peixes são encontrados mortos em local onde produto químico vazou na BR-101 na Grande Florianópolis
IMA/Divulgação
Contaminação
O produto que vazou foi identificado como clorito de sódio, informou o IMA. Ele é utilizado para desinfecção na indústria alimentícia. O material é corrosivo e apresenta riscos ambientais e à saúde devido à toxicidade de seus vapores e líquidos.
A carreta carregava pouco mais de 40 mil litros do produto, e cerca de 16 mil litros vazaram. O gerente de Resíduos e Qualidade Ambiental do IMA, Fábio Castagna da Silva, explicou que a vegetação ajudou a conter o produto.
“O local ali tem um relevo bastante acidentado. Então, desses 16 mil litros, boa parte ficou retida na própria vegetação. Então acabou que a vegetação serviu como uma grande contenção e foi bastante danificada. Está toda queimada”.
Carreta tomba na BR-101 e produto químico vaza na Grande Florianópolis
IMA/Divulgação
Uma “quantidade significativa” do produto também foi parar no rio próximo, chamado de Cova Triste.
“Já no dia do acidente, no sábado pela tarde, a gente caminhou pelo rio e identificou a fauna afetada, principalmente que tinha fauna que é visível para a gente. Esse agente é oxidante é forte e acaba sufocando toda a fauna”, relatou o gerente.
Peixes lambari e traíra, de nomes científicos Astyanax sp e Hoplias sp, respectivamente, foram encontrados mortos.
Carreta carregada de produto químico tomba na BR-101 em Paulo Lopes, SC
CBMSC/Divulgação
Reparação
Ainda no sábado, a empresa responsável pelo produto fez coletas da água do rio, atividade que vai continuar nesta semana. “A gente vai acompanhando a situação do rio em relação à qualidade da água, à toxicidade da água”, declarou o responsável pelo Instituto de Meio Ambiente.
“A gente vai notificar a empresa para fazer uma avaliação ambiental da extensão do dano. A gente teve essas medidas iniciais, que foi identificar a fauna afetada, e nós estamos aguardando esses resultados preliminares da água também para começar a avaliar a extensão do dano”.
Ele explicou que isso está previsto em lei. “Conforme a nossa legislação ambiental e a lei de crimes ambientais, nós temos o princípio do poluidor pagador. Então o poluidor, nesse caso é a empresa, ela é obrigada a reparar o dano. Então o IMA, como órgão ambiental, vai atuar para que esse dano seja reparado de todas as formas”.
“A gente vai poder indicar à empresa o que deve ser feito, o tipo de análise que deve ser feita nesse momento, principalmente de identificação da fauna e flora afetada e a extensão disso, os métodos para que isso seja avaliado e a empresa deve executar”, completou.
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