O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou, nesta segunda-feira (27), um financiamento de R$ 2,1 bilhões para a exportação de 16 aeronaves da Embraer à companhia aérea norte-americana Republic Airways. A empresa, com sede em Indianápolis, opera exclusivamente com jatos fabricados pela Embraer.
O financiamento faz parte da linha BNDES Exim Pós-Embarque, que é voltada para apoiar exportações brasileiras. Nesta operação, o pagamento será realizado em dólares pela Republic Airways, contribuindo para a entrada de divisas na economia brasileira.
Os jatos adquiridos são do modelo E-175, e as entregas estão previstas para ocorrer ao longo de 2025. Segundo o BNDES, a Republic Airways opera mais de 900 voos diários em cerca de 80 cidades nos Estados Unidos e no Canadá, utilizando uma frota composta exclusivamente por modelos E-170 e E-175 da Embraer.
Impacto no mercado internacional
O BNDES já financiou mais de US$ 26 bilhões em exportações de aeronaves da Embraer desde 1997. Esse apoio, segundo o presidente do banco, Aloizio Mercadante, foi fundamental para consolidar a empresa como uma das líderes globais no setor aeroespacial.
A Embraer é a principal exportadora de bens de alto valor agregado do Brasil, com mais de 87% de seus 21 mil empregos localizados no país. Além disso, a empresa possui unidades industriais, centros de serviços e escritórios em diferentes continentes, incluindo Américas, Europa, Ásia e África.
Competitividade e balança comercial
A operação também fortalece a balança comercial brasileira ao impulsionar as exportações de produtos manufaturados. De acordo com o CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, o financiamento pelo BNDES garante maior competitividade à fabricante brasileira no mercado global, permitindo que concorra em igualdade de condições com outros players do setor.
O BNDES destacou que, globalmente, bancos de desenvolvimento e agências de crédito à exportação desempenham papel essencial no financiamento de fabricantes aeronáuticos, e essa operação é estratégica para manter a competitividade da indústria brasileira.
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