No Ceará, o Índice da Construção Civil (Sinapi) registrou em julho uma variação de 0,83%, um aumento expressivo em relação ao índice de junho, que foi de apenas 0,08%. Esse salto é um reflexo direto da homologação dos dissídios das categorias profissionais no estado, que impactou consideravelmente o custo do setor. Em termos anuais, o Sinapi acumula uma alta de 2,93% no estado, enquanto nos últimos 12 meses o índice alcançou 2,43%, ultrapassando os 2,00% dos 12 meses anteriores ao período. Comparativamente, em julho do ano passado, o índice foi de 0,41%.
Neste contexto, o custo por metro quadrado no Ceará aumentou de R$ 1.614,80 em junho para R$ 1.628,21 em julho. Esse valor se divide entre R$ 987,83 destinados a materiais e R$ 640,38 à mão de obra. Destaca-se que a região Nordeste, com um aumento em todos os estados, apresentou a maior variação regional em julho, com 0,60%. Em contraste, as outras regiões do Brasil apresentaram menores variações: Norte com 0,24%, Sudeste com 0,45%, Sul com 0,09% e Centro-Oeste com 0,20%.
Cenário nacional
No cenário nacional, o Sinapi teve uma variação de 0,40% em julho, mostrando uma redução de 0,16 ponto percentual em comparação com junho, que registrou 0,56%. O acumulado do ano no índice nacional é de 1,97% e, nos últimos 12 meses, de 2,66%, indicando um aumento em relação aos 2,49% registrados no mesmo período do ano anterior. No que se refere ao custo nacional por metro quadrado, este subiu de R$ 1.748,99 em junho para R$ 1.756,01 em julho, sendo R$ 1.009,31 atribuídos aos materiais e R$ 746,70 à mão de obra.
A variação na parcela dos materiais foi de 0,30%, significativamente mais alta do que a diminuição de 0,05% observada no mês anterior. Este aumento é o maior desde outubro de 2022, destacando a volatilidade do mercado de materiais de construção. Já o índice da mão de obra apresentou uma queda de 0,53% em julho, significativamente menor do que o índice de 1,40% registrado em junho, refletindo o menor número de acordos coletivos concluídos no mês.
A estabilidade do índice de mão de obra comparado a julho de 2023, quando também foi de 0,53%, sugere um equilíbrio no custo do trabalho no setor construtivo.
“A parcela dos materiais teve uma alta significativa, atingindo diversos estados. Concomitante, mesmo com valor menor, ainda houve um número de acordos coletivos que impactaram no índice agregado”, explica Augusto Oliveira, gerente da pesquisa. A região Nordeste, com alta todos os estados, ficou com a maior variação regional em julho, 0,60%. As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 0,24% (Norte), 0,45% (Sudeste), 0,09% (Sul) e 0,20% (Centro-Oeste).
As estatísticas do Sinapi são fundamentais na programação de investimentos, sobretudo para o setor público. Os preços e custos auxiliam na elaboração, análise e avaliação de orçamentos, enquanto os índices possibilitam a atualização dos valores das despesas nos contratos e orçamentos.
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