Os principais índices do mercado de ações da Europa encerraram esta quinta-feira (2) em alta, impulsionados pela decisão do Banco Central Europeu (BCE) de reduzir a taxa de juros em 0,25 ponto percentual (pp), como era esperado pelo mercado. A medida também aumentou as expectativas de que novos cortes possam ocorrer nos próximos meses.
Com a medida, a taxa de depósito foi de 3,75% para 3,50% ao ano; enquanto a taxa de refinanciamento caiu de 4,25% para 3,65% e a de empréstimos de 4,50% para 3,90%.
Fechamento dos principais índices europeus
Os principais índices europeus fecharam o pregão em alta, com destaque para o IBEX-35 (Madri), que subiu 1,08%. Veja abaixo o desempenho dos índices:
- FTSE-100 (Londres): +0,57%, 8.240,97 pontos
- DAX-30 (Frankfurt): +0,98%, 18.507,64 pontos
- CAC-40 (Paris): +0,52%, 7.435,07 pontos
- FTSE MIB (Milão): +0,84%, 33.453,8 pontos
- IBEX-35 (Madri): +1,08%, 11.400,20 pontos
- SMI-20 (Zurique): +0,50%, 11.982,34 pontos
- PSI-20 (Lisboa): +0,18%, 6.792,47 pontos
Corte de juros e expectativas para a inflação na Europa
O BCE reduziu sua taxa de política monetária em 0,25 pp, movendo-se em direção à sua meta de inflação de 2%, que a instituição espera atingir até o final de 2025.
Durante a coletiva de imprensa, a presidente do BCE, Christine Lagarde, ressaltou que a inflação nos serviços continua sendo uma das principais preocupações.
Economistas apontam que as projeções atuais de inflação poderiam ser ainda mais baixas, considerando os futuros de mercado mais recentes. Esse cenário pode influenciar futuras decisões do BCE.
Próximos passos do BCE
Embora haja especulações sobre um novo corte de juros na reunião de 17 de outubro, a maioria dos analistas acredita que a decisão mais provável será em dezembro. Isso porque os formuladores de políticas preferem aguardar novas projeções antes de agir.
Andrew Kenningham, economista-chefe para a Europa da Capital Economics, observa que o próximo corte de juros provavelmente ocorrerá em dezembro, com a reunião de outubro sendo uma possibilidade menos provável.
Kamil Kovar, da Moody’s Analytics, também considera improvável um corte em outubro, dado o ritmo atual mais cauteloso do BCE.
Diante da reação das bolsas da Europa, as ações das farmacêuticas ganharam destaque, com a Roche fechando em queda de 2,16% e a Novo Nordisk registrando alta de 2,66%.
*Com informações da agência de notícias CMA
Imagem: Piqsels
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