O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, encerrou a sessão desta terça-feira (15) em queda de 0,16%, aos 129.245,39 pontos, em meio à cautela do mercado em relação a uma possível escalada da guerra comercia entre China e Estados Unidos.
Pressionada pelos EUA, a China proibiu companhias aéreas locais de receber aeronaves da Boeing e comprar peças de empresas norte-americanas.
Em resposta, Trump proibiu a venda do chip H20 da Nvídia à China, levando as ações à forte queda de 6,31% no after market e os índices futuros de NY afundarem durante a madrugada. A medida pode gerar prejuízo de US$ 5,5 bilhões à empresa.

No mercado internacional, esse movimento da gigante de tecnologia acabou ofuscando os dados econômicos bons da China, que já eram esperados pelo mercado. O PIB do 1º trimestre cresceu 5,4%, acima do esperado (5,1%) e a produção industrial subiu 7,7% em março.
Hoje o mercado aguarda dados sobre as vendas no varejo dos EUA, além do discurso de Powell, que deve reforçar as expectativas mais cautelosas para o próximo reajuste dos juros.
No Brasil, o governo apresentou nesta terça-feira o Orçamento de 2026, que estabelece uma meta positiva de 0,25% do PIB, com limite de tolerância entre zero e superávit de 0,50% do PIB (R$ 68,5 bilhões).
Com um novo desdobramento da guerra comercial, o dólar abriu em queda de 0,37%, a R$ 5,86 e o dólar futuro recua 0,15%, a R$ 5,88. Os juros futuros também seguem em queda e o Ibovespa futuro cede 0,09%, aos 129.120 pontos.
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Manchetes desta manhã
- Receita adicional necessária para cumprir meta fiscal de 2026 chega a R$ 118 bilhões (Valor)
- Sem reduzir gastos, governo prevê salto na arrecadação por superávit em 2026 (O Globo)
- Governo Lula indica risco de apagão no Orçamento de 2027 (Folha)
- Governo admite que pode faltar dinheiro para despesas em 2027 (Estadão)
- Unctad: economia mundial ruma para recessão; Brasil só cresce 2,2% (Valor)
Mercado global
As Bolsas da Europa recuam em meio às tensões comerciais e preocupações com os lucros na temporada de balanços. ASML cai 5,12% após resultados decepcionarem e projeções da empresa para o ano. O desempenho afeta outras ações, como Siemens (-0,84%) e Infineon Technologies (-1,85%).
Um estudo dos EUA sobre a possibilidade de taxar minerais essenciais e as restrições à exportação dos chips de IA da Nvidia para a China também estremecem os mercados da Europa.
Os mercados da Ásia encerraram o pregão desta quarta-feira com desempenho misto, com o negativo atrelado a mais uma sanção dos Estados Unidos ao proibir a exportação dos chips da Nvidia, mas com destaque para o PIB da China de 5,4% no último trimestre.
Os resultados sobre a economia mantiveram Xangai em alta; Shenzhen, a bolsa ligada ao mercado de tecnologia, no entanto, perdeu pontos. No Japão, o índice Nikkei fechou em queda, mas Taiwan teve forte alta.
Em Nova York, os índices futuros abriram em baixa, na expectativa do relatório de vendas no varejo e do discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, no final do dia.
Confira os principais índices do mercado:
• STOXX 600 -0,8%
• FTSE 100 -0,3%
• Nikkei 225 -1%
• Shanghai SE Comp. +0,3%
• MSCI EM -0,9%
• Dollar Index -0,5%
• Yield 10 anos estável a 4,3368%
• • Bitcoin -0,2% a US$ 83863,38
Commodities
- Petróleo: se recupera com possibilidade de acordo entre China e EUA. O brent/junho sobe 0,84%, a US$ 65,21 e o WTI/maio avança 0,82%, a US$ 61,83.
- Minério de ferro: fechou em queda de 0,14% em Dalian, na China, cotado a US$ 96,89/ton. Em Singapura, os contratos futuros caem 0,61%, cotados a US$ 98,15/ton e o mercado à vista está negativo em 0,35%, cotado a US$ 99,60/ton.
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Cenário internacional
Nos Estados Unidos, a agenda do dia traz dados sobre as vendas no varejo e a produção industrial de março, às 9h30 e 10h15, respectivamente; além do discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, às 14h30.
Na Zona do Euro, a inflação ao consumidor (CPI) subiu 2,2% em março, na comparação anual, em linha com o esperado pelo mercado.
Cenário nacional
No Brasil, o mercado segue de olho no exterior, com uma agenda esvaziada de indicadores econômicos relevantes e destaque apenas para o vencimento de opções sobre o Ibovespa na B3.
Em PLDO enviada ontem ao Congresso, o governo prevê superavit primário de 0,25% do PIB em 2026, salário-mínimo de R$ 1.630 no próximo ano e dívida bruta em 81,8% do PIB.
Entre os compromissos do dia, o presidente Lula participa às 10h da cerimônia do Dia do Exército. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concede entrevista, às 16h, ao programa Sem Censura, na TV Brasil.
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Destaques no mercado corporativo
- Vale: encerrou o 1º trimestre com queda de 4,5% da produção de minério de ferro, para 67,66 milhões de toneladas.
- Romi: reportou lucro de R$ 9,9 milhões no 1º trimestre, representando um queda de 44% na comparação anual.
- Petrobras: os acionistas se reúnem hoje em Assembleia Geral Ordinária para eleger o novo conselho de administração, entre outros assuntos. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, participa de evento às 10h30.
- Energisa Sergipe: Aneel aprovou reajuste tarifário médio de 7% a partir de 22/4.
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