Vida longa ao ex-presidente inelegível

Bolsonaro, o ex-presidente inelegível, passou mal na última sexta-feira no Rio Grande do Norte, estado nordestino, governado por uma governadora do PT. Era o início de um tour pela região – que começou mal, possivelmente já visando o ano eleitoral vindouro. Afinal eles precisam fincar bases por aqui, criar raízes políticas, anunciar a mensagem simplória de salvação, como se tudo fosse muito simples de ser resolvido, bastando que ele volte ao poder – mas como se está inelegível?
Dias antes, um aliado seu, do PL, o nobre deputado Gilvan da Federal, declarou que desejava a morte de Lula. No dia seguinte a essa fala, o parlamentar voltou atrás e disse que um cristão não deve desejar a morte de ninguém.

Mesmo estando no Nordeste e mesmo estando num estado governado por uma petista (comunista, como eles dizem), o senhor ex-presidente contou com todo o apoio possível. Foi atendido pelo SAMU – criado no governo Lula, em 2003 – e teve disponibilizado pela governadora Fátima Bezerra um helicóptero.
A governadora se mostrou grande. Ela disse ter cumprido seu dever e que jamais colocará divergências políticas acima da segurança de cidadãos. A mandatária se empenhou em determinar que fossem adotadas “providências necessárias” para a situação.
Fica nítida a superioridade de ideias de uma das poucas governadoras do Brasil quando comparada com falas e anseios de políticos da direita.

Ao contrário do parlamentar que falou e se arrependeu, dizendo-se exagerado, não desejamos a morte de adversários políticos, pelo contrário. No caso de Bolsonaro, que recentemente completou 70 anos – esperamos que viva ainda por vários anos – , torcemos pela sua pronta recuperação. Se condenado pelo que é acusado, o ex-presidente inelegível e réu deve estar vivo e passando bem para cumprir a sua pena.

FELIPE AUGUSTO FERREIRA FEIJÃO
PROFESSOR E
MESTRE EM FILOSOFIA

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