Plasma Frio X Laserterapia: qual a diferença e quando cada um é indicado?

Dois nomes vêm ganhando destaque quando o assunto é cicatrização e tratamento de feridas: plasma frio e laserterapia. Ambas as tecnologias são minimamente invasivas, seguras e com forte base científica — mas têm aplicações e efeitos diferentes.

Para entender melhor as particularidades de cada técnica, O Estado conversou com a Dra. Laise Soares, especialista em tecnologias regenerativas e atuante em projetos voltados à saúde da pele no SUS.

O que é o plasma frio?

O plasma frio, ou plasma não térmico, é uma tecnologia que utiliza gases ionizados para estimular a regeneração dos tecidos, sem gerar calor. É especialmente eficaz no combate a bactérias e biofilmes, o que o torna útil em casos de feridas infectadas, crônicas ou de difícil cicatrização — como úlceras diabéticas e lesões vasculares.

“O plasma frio tem um efeito antimicrobiano muito potente e ainda estimula a proliferação celular, acelerando a cicatrização”, explica a Dra. Laise.

Além disso, ele tem sido usado com bons resultados em queimaduras, lesões por pressão (escaras) e até na dermatite atópica.

E a laserterapia?

Já a laserterapia é um tratamento baseado na aplicação de feixes de luz de baixa intensidade (LLLT – Low-Level Laser Therapy), que aumentam o metabolismo celular e promovem a regeneração dos tecidos. É bastante indicada em feridas limpas, no pós-operatório e também em tratamentos estéticos.

“A laserterapia é ótima para modular a inflamação e acelerar a recuperação da pele. Funciona muito bem em feridas recentes e sem infecção”, detalha a dermatologista.

A técnica também é amplamente utilizada na odontologia, fisioterapia e em tratamentos de dor crônica.

Quando usar cada uma?

A escolha entre uma tecnologia e outra depende do tipo e estágio da ferida. De forma geral:

  • Plasma frio → ideal para feridas infectadas, crônicas ou com risco de complicação.
  • Laserterapia → indicada para feridas limpas, cicatrizes recentes, regeneração tecidual e controle da dor.

Em alguns casos, os dois métodos podem ser usados de forma complementar, sempre com acompanhamento profissional.

Tecnologia acessível

Tanto o plasma quanto o laser já estão sendo incorporados em hospitais públicos e ambulatórios especializados. “Temos visto resultados excelentes na rede SUS, principalmente em pacientes com feridas de longa data. É um avanço importante”, afirma Dra. Laise.

Com o avanço das pesquisas e da oferta de equipamentos, os tratamentos vêm se tornando mais acessíveis e eficazes — oferecendo qualidade de vida para pacientes e otimizando o trabalho das equipes de saúde.

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