Campo Popular é lançado pregando união no PT: “vamos disputar com o bolsonarismo, não entre nós”

A defesa da unidade dentro do Partido dos Trabalhadores (PT) foi uma das principais mensagens deixadas pelos membros do Campo Popular durante o ato político que lançou oficialmente o novo coletivo petista. No evento realizado nesse sábado (12), no Ginásio Poliesportivo da Parangaba, em Fortaleza, também foi defendido o fortalecimento da relação do PT com a militância e suas bases populares. Além disso, o Campo prepara o terreno para mobilizar apoiadores pelas reeleições do presidente Lula (PT) e do governador Elmano de Freitas (PT). 

Segundo organizadores do evento, mais de 2 mil pessoas compareceram, vindas de todos os bairros de Fortaleza e também do interior do estado.

O lançamento do Campo Popular ocorre em meio aos preparativos para o Processo de Eleição Direta (PED) do PT, marcado para julho, que vai definir os novos diretórios da sigla a nível estadual e municipal. Com os principais grupos internos lançando candidaturas para a presidência do partido, alimenta-se uma disputa interna, mas os membros do Campo Popular procuraram afastar esse cenário, pregando o diálogo e afirmando que os adversários do partido “estão fora do PT”.

“O que é e para que serve o Campo Popular? Nós vamos fazer disputa sim, mas é com o bolsonarismo, é com a direita, e não entre nós. O que nós queremos é aprofundar o debate. Que partido nós queremos? Que sociedade nós queremos?”, disse o vereador Aglaylson.

Já o deputado estadual Missias Dias disse que o trabalho pela reeleição de Lula e Elmano é de todo o PT e que o Campo Popular surge para buscar fortalecer todo o partido e os governos liderados pelos petistas. 

“A ideia do Campo Popular não é para dividir o PT, é para fortalecer os outros campos que já têm dentro do PT. E nós temos o objetivo de fortalecer os nossos governos. Nós temos o objetivo realmente de fazer com que as políticas cheguem na ponta, mas mais do que isso, nós queremos manter a unidade do nosso partido. Aqui não há divisão no PT, o que nós temos no PT é a forma de se organizar de cada grupo, mas, no final, todo mundo chega a um consenso”, disse Missias ao O Estado.

O deputado estadual Acrísio Sena acrescentou que o Campo Popular vai dialogar com outros grupos internos do PT, os Campos Democrático e de Esquerda, em busca de defender os projetos liderados por Lula e Elmano, no Brasil e no Ceará. Ele ainda lembrou que essa “missão” não é só do PT, mas também dos partidos aliados.

Com o Campo Popular, o PT Ceará passa a ser formado por pelo menos três grupos internos de maior destaque. O Campo Democrático é liderado pelo deputado federal José Guimarães e o Campo de Esquerda tem a liderança da deputada federal Luizianne Lins. Já o Campo Popular é formado reunindo diversas correntes internas do PT e conta com a participação de pessoas próximas do governador Elmano, do prefeito Evandro Leitão (PT) e do ministro Camilo Santana (PT). No entanto, o envolvimento direto dos gestores não é confirmado.

Questionado pelo O Estado sobre a relação do Campo Popular com essas lideranças, Acrísio Sena respondeu: “Nós, no Campo Popular, temos no governador Elmano e no ministro Camilo as nossas duas maiores referências. Não é que eles sejam do Campo, é que eles são, assim como no Campo de Esquerda a Luizianne é a liderança maior, no Campo Democrático o Guimarães é a liderança maior, no Campo Popular a liderança maior é o Camilo e o Elmano”. 

Por outro lado, ressaltou: “Não é que eles participem do Campo, até porque eles – Lula, Camilo, Elmano e Evandro – são representações do projeto coletivo do PT e não pertencem a nenhum campo, pertencem ao partido e ao povo das suas respectivas esferas – nacional, estadual e municipal”.

Além dos citados acima, outros membros presentes no lançamento do Campo Popular foram a senadora Augusta Brito; o deputado federal José Airton; os deputados estaduais Júlio César Filho e Juliana Lucena; a prefeita de Crateús, Janaína Farias; o vereador Dr. Vicente; secretários dos governos Elmano e Evandro; figuras históricas do PT como Arthur Bruno e Professor Pinheiro, além de representantes de movimentos sociais.

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