A China anunciou que elevará sua tarifa de importação sobre produtos dos Estados Unidos de 84% para 125%, em um novo movimento na guerra comercial com os norte-americanos. A medida entra em vigor neste sábado (12) e servirá como uma nova retaliação aos aumentos anunciados por Donald Trump, que subiu as alíquotas para 145%.
A decisão foi comunicada pela comissão tarifária chinesa, que afirmou que a escalada tarifária chegou a um ponto sem retorno e que, mesmo com novas ações dos EUA, Pequim não pretende seguir ampliando as taxas retaliatórias.
O presidente chinês, Xi Jinping, afirmou nesta sexta (11) durante encontro com o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, que “não há vencedor numa guerra de tarifas, e ir contra o mundo levará ao isolamento”.

Oportunidade para o Brasil
A crise nas trocas comerciais entre EUA e China pode beneficiar o Brasil. Segundo a Folha de S.Paulo, o governo chinês já suspendeu transações com 392 fornecedores de carne bovina norte-americanos, alegando descumprimento de normas sanitárias.
Além disso, o Departamento de Alfândegas da China (GACC) também suspendeu, no início do mês, as importações de duas empresas de carne de frango dos EUA. O espaço deixado pelos norte-americanos pode ser ocupado por exportadores brasileiros.
De acordo com uma autoridade brasileira ouvida pelo Broadcast, do Estadão, os sucessivos aumentos tornaram o comércio entre as duas maiores economias do mundo praticamente inviável. “Estes aumentos em sequência já não importam mais”, avaliou.
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China defende união com a União Europeia
Durante o encontro com o primeiro-ministro espanhol, Xi também afirmou que o país e a União Europeia devem cumprir suas “responsabilidades internacionais” e resistir ao unilateralismo contra os Estados Unidos.
Xi reforçou a importância de manter a globalização econômica e o respeito às regras internacionais. Os dois países assinaram acordos em áreas como ciência, tecnologia, educação e cinema.
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