O passo atrás e o passo à frente!

(Brasília-DF)
Faltando 15 dias para o 7 de novembro de 2020 quando Joe Biden foi eleito presidente dos Estados Unidos, “The Finantial Times”, uma das referências do liberalismo econômico, como a revista “The Economist”, também inglesa – defendeu a derrota do então presidente dos Estados Unidos Donald Trump.
Os poderosos do Ocidente já sabiam que a eleição de Biden iria rearrumar a histórica união entre Estados Unidos e Europa para retomar o enfrentamento da China, fazer retornar as empresas americanas da China para os Estados Unidos, adiar o sonho, ou definitivamente impedir, da Terra do Meio.
O mundo ocidental chegou ao consenso de que Trump no poder aceleraria a chegada da China ao topo da economia no planeta, mudando por completo, apesar dela ser pelo globalismo, o modelo de trocas levando o poder para o oriente, algo nunca imaginado.

Veio a guerra da Rússia-Ucrânia, o pós-pandemia nos legou uma inflação resiliente e um baixo crescimento que gerou a maior crise do capitalismo, que afetou também a democracia. As pessoas ficaram duvidando, e nas as culpo, de que a união do novo capitalismo(global) e a democracia poderia continuar aumentando a renda e reduzindo às desigualdades com a uma maior classe média.
Não deu certo para ninguém, a não ser para os que apostavam no caos. O retorno de Donald Trump que se imaginava, nos Estados Unidos, seria a união entre a liberdade econômica, as novas tecnologias com mais energia, na praça, ganhou um novo marco.

Esse dia 5 de abril de 2025 vai entrar para a história como foram datas marcantes no Século 20, como o Acordo de Brenton Woods, em julho de 1944, ou o Pacto de Yalta, em fevereiro de 1945.
O que Donald Trump deu largada, mesmo que seja um argumento para obrigar acordos tarifários com 180 países do Mundo ou que possa ser refreado, nunca mais fará o mundo voltar ao mesmo lugar.
Se imaginava que o controle do chip da inteligência oficial e o retorno das empresas criativas dos Estados Unidos para o país ou para o ocidente seria maior que qualquer medida de um chefe de Governo e Estado no Mundo.
A decisão de Donald Trump vai, obrigatoriamente, fazer o mundo a tomar novos rumos. A China está chamando para próximo gente que estava pactuada com os Estados Unidos há 70 anos. Japão e Coréia. Os Estados Unidos se afastam do Canadá e do Mexico. Só isso dá o tom. A União Europeia ganha uma nova oportunidade.

Nesse final de semana, o jornalista Thomas Friedman, do “The New York Times”, fez um amplo artigo em que falou de sua ida ao complexo da Huawei, em Shangai com 104 edifícios, com laboratório para 35 mil cientista, engenheiros e todo tipo de gente ligada a tecnologia numa rápida resposta ao duro baque que sofreu a empresa chinesa com o fechamento do mercado tecnológico, que o diga o crescimento impressionante da Nvdia. Os resultados reativos da China são conhecidos com o sucesso da DeepSeek.
Friedman disse sobre uma declaração de um empresário dos Estados Unidos que atuou por décadas na China ainda em Pequim, que “houve um tempo em que as pessoas iam aos Estados Unidos para ver o futuro”, disse. “Agora, vem para cá”, arrematou o empresário.
Donald Trump com a sacramentação do 5 de abril está fazendo muita gente imaginar que o futuro não terá mais os Estados Unidos à frente.

GENÉSIO ARAÚJO JÚNIOR
JORNALISTA

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