O mercado de ações de Hong Kong registrou nesta segunda-feira (7) a maior queda em um único dia desde 1997, com o índice Hang Seng despencando 13,22%, ou 3.021,51 pontos, encerrando o pregão aos 19.828,30 pontos. A queda histórica foi impulsionada pela retaliação da China às tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, intensificando os temores de uma guerra comercial global.
Reação da China às tarifas de Trump gera pânico nos mercados
A decisão de Pequim, anunciada na sexta-feira (4), de aplicar tarifas adicionais de 34% sobre todos os produtos importados dos Estados Unidos a partir de 10 de abril, gerou uma onda de vendas em toda a região da Ásia.
Analistas apontam que a retaliação chinesa é uma resposta direta à estratégia tarifária agressiva de Trump, que afirmou que “as tarifas são o único caminho para corrigir os déficits comerciais”.
Setores mais atingidos
A pressão foi generalizada. As ações da gigante de tecnologia Alibaba recuaram 18%, enquanto a JD.com perdeu 15,5%. O setor imobiliário chinês também sofreu perdas superiores a 15% em alguns papéis.
A operadora de bolsa Hong Kong Exchanges and Clearing caiu mais de 14%, em meio ao forte volume de negociações, que alcançou um recorde histórico de HK$ 621 bilhões (cerca de US$ 80 bilhões).
Alerta de crise global
A queda brusca do Hang Seng ocorre em um contexto de agravamento das tensões comerciais entre as maiores economias do mundo. Os investidores temem que as medidas de retaliação afetem profundamente as cadeias globais de produção e resultem em uma nova recessão global.
O índice Shanghai Composite, da bolsa de Xangai, também sofreu perdas expressivas, com recuo de 7,34%.
A queda histórica do Hang Seng marca um novo capítulo na escalada das tensões entre China e Estados Unidos. Com o risco de recessão global no radar e o aumento da aversão ao risco por parte dos investidores, os mercados asiáticos entram em estado de alerta.
Analistas e autoridades monitoram de perto os desdobramentos e o impacto nas economias locais, enquanto aguardam possíveis ações coordenadas de bancos centrais para conter a turbulência financeira.
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