As bolsas dos EUA despencaram nesta quinta-feira (3) após o presidente Donald Trump anunciar um pacote agressivo de novas tarifas comerciais, que incluem taxas mínimas de 10% e taxas “recíprocas”, usadas para equilibrar a balança comercial.
Apesar de Trump dizer a jornalistas que o mercado “está indo muito bem”, os três principais índices do mercado acionário registraram a maior queda desde a pandemia da Covid-19, em março de 2020.
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Desempenho dos índices
- Dow Jones recua 3,98% (40.544,64 pontos);
- S&P 500 perde 4,84% (5.396,54 pontos);
- Nasdaq recua 5,97% (16.550,61 pontos).
Setor de tecnologia sofre
O setor de tecnologia foi um dos mais afetados na sessão. A Apple, que fabrica 90% de seus produtos na China e o restante em países asiáticos como Vietnã e Índia, viu suas ações caírem 9,3%.
Ben Barringer, analista da Quilter Cheviot, explicou que as tarifas podem elevar os preços de iPhones e Apple Watches, reduzindo a margem de lucro da empresa, como mostrou reportagem do Estadão Broadcast.
A Alphabet, controladora do Google, e a Meta (dona do Facebook, Instagram e WhatsApp) também registraram quedas de 4% e 9%, respectivamente.
Além do aumento nos custos de produção, as empresas podem enfrentar uma retração nos gastos com publicidade digital, já que um ambiente econômico mais desafiador pode levar a cortes em marketing.
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Na contramão do mercado, a Intel subiu 2% após informações de que estaria negociando uma joint venture com a Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. (TSMC) para a operação de instalações de fabricação de chips nos EUA.
Outras movimentações no mercado
No varejo, a Nike viu suas ações caírem 14,5%, refletindo os impactos sobre sua produção no Vietnã, responsável por 50% dos calçados e 28% das roupas da empresa em 2024.
Já no setor bancário, o Bank of America caiu 11%, JPMorgan Chase perdeu 7%, e Wells Fargo recuou 9,1%, à medida que investidores avaliam os efeitos das tarifas na economia.
O post EUA: Bolsas têm a pior queda desde a pandemia da Covid-19 apareceu primeiro em Monitor do Mercado.
