PMI do Brasil mostra crescimento em março de 2025, mas por que a confiança caiu?

O PMI do Brasil mostrou sinais positivos no setor de serviços em março de 2025, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (3) pela S&P Global. O indicador subiu de 50,6 em fevereiro para 52,5 em março — a maior leitura desde novembro do ano passado. Embora o dado sinalize expansão na atividade econômica, a confiança dos empresários do setor caiu para o menor patamar desde agosto de 2021.


O que é o PMI do Brasil e por que ele importa?

PMI é a sigla para Purchasing Managers’ Index ou Índice de Gerentes de Compras. Ele mede o nível de atividade dos setores da economia com base em questionários aplicados a executivos de empresas. A marca de 50 pontos é a linha divisória: acima disso, o setor está em expansão; abaixo, em contração.

Portanto, o PMI de serviços a 52,5 mostra que o setor está crescendo. O destaque de março foi o aumento no número de novos negócios, o que puxou a produção para cima. Esse avanço é uma boa notícia para a economia brasileira, que busca manter um ritmo de recuperação em meio a incertezas fiscais e de política monetária.

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Produção avança, mas sentimento empresarial piora

Apesar do bom desempenho operacional, os empresários entrevistados pela pesquisa demonstraram menor otimismo em relação ao futuro. De acordo com a S&P Global, a confiança das empresas caiu ao menor nível em quase quatro anos, puxada por preocupações com o cenário macroeconômico, possíveis aumentos de impostos e incertezas políticas.

O enfraquecimento da confiança pode limitar novos investimentos e contratações, ainda que a demanda siga aquecida no curto prazo.


Segmentos impulsionam o PMI do Brasil

De acordo com a pesquisa, os setores que mais contribuíram para a alta do PMI foram:

  • Tecnologia e informação
  • Serviços financeiros e seguros
  • Logística e transporte

Esses segmentos apresentaram aumento na procura por serviços, o que levou a contratações pontuais e reforçou o ritmo de crescimento.


Emprego cresce, mas inflação de custos preocupa

O levantamento também revelou uma leve alta na geração de empregos, com novas vagas sendo abertas para atender à crescente demanda. No entanto, a inflação de custos ainda é uma realidade: os preços de insumos, aluguéis e mão de obra seguem pressionando as margens de lucro das empresas.

O repasse desses custos para os consumidores foi moderado, mas constante, o que pode influenciar os índices de inflação geral no segundo trimestre.

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O que esperar do PMI do Brasil nos próximos meses?

A manutenção do crescimento do setor de serviços dependerá de alguns fatores-chave:

  • Inflação controlada, para evitar elevações abruptas nos juros
  • Estabilidade política, especialmente com foco na reforma tributária e nas contas públicas
  • Confiança do consumidor e do empresário, que precisa se recuperar para sustentar investimentos

Analistas apontam que o setor de serviços, por ser intensivo em mão de obra, tem papel relevante na manutenção da atividade econômica. A leitura positiva do PMI em março é animadora, mas o tom cauteloso do empresariado exige atenção.


Expansão com sinais de alerta

O PMI do Brasil acima de 50 indica que o setor de serviços voltou a ganhar fôlego. No entanto, a queda da confiança dos empresários mostra que o cenário ainda inspira cautela. A economia brasileira entra no segundo trimestre de 2025 com potencial de crescimento, mas precisará enfrentar os desafios de confiança, inflação e incertezas políticas para sustentar essa trajetória.

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