O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, encerrou a primeira sessão da semana em queda de 0,77%, aos 131.321,44 pontos, em realização de lucros após uma semana econômica agitada, com os dados de inflação nos Estados Unidos e a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) no Brasil.
As ações de maior peso no índice também fecharam no negativo, com Vale em queda de 0,52% e Petrobras recuando 0,25% (ON) e 0,14% (PN). Já no setor financeiro, destaque para o Bradesco, que registrou alta de 1,23% (ON) e 1,04% (PN).
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No mercado internacional, destaque para o jogo das tarifas comerciais. Nesta segunda-feira (24), o presidente Donald Trump anunciou possível concessão de “pausas” em tarifas para alguns países, animando os mercados a nível global; mas prometeu novas sobretaxas em breve, afetando setores como automóveis, madeira, chips e energia.
Nesta terça-feira (25) o mercado aguarda com expectativa discursos dos membros do Federal Reserve (Fed), que podem influenciar as expectativas sobre a política monetária dos EUA.
No Brasil, destaque para a divulgação da ata do Copom, a primeira sob a liderança de Galípolo. O documento pontuou o aumento da taxa Selic em 1 ponto percentual, para 14,25% e enfatizou a influência do ambiente externo em função da política comercial nos EUA.
A ata do Copom sinalizou três pontos sobre a política monetária: primeiro, indicou que o ciclo não está encerrado devido ao cenário inflacionário adverso. Segundo, comunicou que o próximo ajuste será de menor magnitude por causa das defasagens do ciclo. E, por fim, devido à elevada incerteza, optou por indicar apenas a direção da próxima decisão.
Para os próximos movimento do Comitê, em se confirmando o cenário esperado, haverá um ajuste de menor magnitude na próxima reunião.
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Manchetes desta manhã
- Haddad e Alckmin acreditam em surpresas benignas para a inflação (Valor)
- Rio vai criar regras para aluguel de imóveis por curta temporada na cidade (O Globo)
- STF começa a julgar se Bolsonaro e mais 7 viram réus por tramar golpe (Folha)
- Governo quer tirar limite de prazo para isenção do IR (Valor)
Mercado global
As Bolsas da Europa seguem em alta após melhora do sentimento empresarial alemão em março e dias após um acordo histórico de dívida para impulsionar o crescimento estagnado.
Os planos do país de investir bilhões em defesa e infraestrutura contribuíram para que as ações europeias superassem suas contrapartes americanas até agora neste ano.
Na Ásia, as Tarifas de Trump deixaram os índices sem direção única no pregão desta terça-feira (25), após o presidente indicar que a próxima imposição de tarifas, em vigor a partir do dia 2 de abril, será menos agressiva que o esperado.
Em meio ao movimento negativo do mercado asiático, destaque para o índice Hang Seng, que teve queda acentuada de 2,35%, pressionado por ações de tecnologia. A exceção foi o índice Nikkei, do Japão, que encerrou a sessão no azul.
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Em Nova York, os índices futuros abriram em baixa diante da possibilidade de aumento da inflação e desaceleração do crescimento econômico, enquanto o mercado aguarda as tarifas recíprocas do governo Trump em 2 de abril.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro estável
• STOXX 600 +0,7%
• FTSE 100 +0,5%
• Nikkei 225 +0,5%
• Shanghai SE Comp. estável
• MSCI EM -0,6%
• Dollar Index -0,1%
• Yield 10 anos +2,1bps a 4,3558%
• Bitcoin -0,9% a US$ 87054,31
Commodities
- Petróleo: sobe pelo quinto dia devido às preocupações com a oferta após tarifas da Venezuela. O brent para maio sobe 0,53%, a US$ 73,39 e o WTI para o mesmo mês avança 0,49%, a US$ 69,45.
- Minério de ferro: fechou em alta de 0,65% em Dalian, na China, cotado a US$ 106,86/ton. Em Singapura, os contratos futuros recuam 0,93%, cotados a US$ 101,40/ton e o mercado à vista está negativo em 0,15%, cotado a US$ 102,20/ton.
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Cenário internacional
Nos Estados Unidos, destaque para os discursos dos membros do Federal Reserve (Fed), Adriana Kugler e John William, em eventos às 9h e 10h, respectivamente.
O presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, disse que agora vê apenas um corte de juros como provável neste ano, em vez de dois, com progresso na desinflação impedido por tarifas.
Na agenda dos indicadores econômicos, os dados de vendas de moradias novas dos EUA em fevereiro saem às 11h. No mesmo horário, sai o índice de confiança do consumidor de março.
Na Alemanha, a pesquisa do Instituto Ifo mostrou que o índice de sentimento das empresas subiu para 86,7 pontos em março, acima do esperado pelo mercado.
Cenário nacional
No Brasil, o destaque do dia é a ata do Copom, contemplando aspectos da última decisão sobre a taxa básica de juros do país.
Na esfera judicial, a primeira turma do Superior Tribunal Federal (STF) começa hoje, às 9h30, o julgamento que pode tornar Jair Bolsonaro réu por trama golpista.
Entre os compromissos do dia, o presidente Lula cumpre agenda no Japão; enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de evento sobre reforma tributária na Fiesp.
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Destaques no mercado corporativo
- Petrobras: funcionários aprovam greve de advertência de 24h na quarta-feira (26) e UBS BB corta preço-alvo, ações recuam apesar da alta do petróleo.
- Vale: sua subsidiária, a Vale Overseas Ltd, adquiriu US$ 323,96 mi em títulos com vencimentos em 2034, 2036 e 2039, de uma oferta total de até US$ 450 mi anunciada em 24 de fevereiro.
- Sabesp: teve lucro de R$ 1,43 bilhão no 4º trimestre, alta de 21% em base anual.
- Copasa: lucrou R$ 271,9 milhões no 4º trimestre, queda de 24%.
- Bradespar: teve prejuízo de R$ 86,9 milhões no 4º trimestre.
- Prio: Goldman Sachs atinge participação de 4,94% do total das ações. O banco não tem participação relevante na companhia.
- Cemig: a Justiça de MG anulou a decisão que invalidou o leilão das centrais hidrelétricas realizado em agosto de 2023. A empresa seguirá no processo para nova apreciação do mérito.
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