
Ao todo, 17 trabalhadores alegam não ter sido pagos e que vivem em um prédio com móveis deteriorados. Construtoras serão autuadas, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Reunião na Gerência Regional do Trabalho de Sorocaba (SP) regularizou serviço de pedreiros vindos do Maranhão
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Um grupo de 17 trabalhadores que veio do Maranhão denunciou condições precárias de serviço em uma construção civil de Sorocaba (SP), na sexta-feira (21). Após reunião realizada na terça-feira (25), eles conseguiram regularizar o trabalho com as construtoras.
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Ao g1, Ubiratan Vieira, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), informou que os pedreiros trabalharam por cinco meses sem receber o salário prometido, que seria igual ao piso da categoria, variando entre R$ 2,5 mil e R$ 4,5 mil.
Além disso, todos os 17 funcionários estão alojados em um sobrado perto das obras em que trabalham, na Vila Algarve, mas afirmam que o edifício e seus móveis estão deteriorando.
Pedreiros vindos do Maranhão não foram pagos depois de 5 meses de trabalho em Sorocaba (SP
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O grupo denunciou as condições de trabalho oferecidas pelas construtoras à Gerência Regional do Trabalho de Sorocaba na sexta-feira. Depois disso, uma reunião com os representantes das empresa, do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil e da Gerência Regional do MTE foi realizada para regularizar os serviços.
Após a reunião, segundo Ubiratan, foi decidido que todas as empresas envolvidas na contratação dos funcionários serão autuadas, porém, ainda não há um valor ou quantidade de multas que serão aplicadas.
“Reunimos trabalhadores, sindicato, empresas e todos os trabalhadores vão receber seus direitos e as empresas serão autuadas, inclusive, apuramos um débito de R$ 400 mil de FGTS de um proprietário dessas empresas”, destacou Ubiratan.
Reunião regularizou condições de serviço de pedreiros do Maranhão que estão em Sorocaba (SP)
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Condições precárias
Ao g1, um dos trabalhadores denunciantes, Gilberto Carlos, de 32 anos, contou que o espaço cedido está com móveis em péssimas condições, como as camas, beliches e lençóis, que estariam com muitas traças.
O imóvel, além do chuveiro, possui somente uma pia, que é usada para algumas necessidades de higiene e para beber água.
Gilberto ainda acrescenta que diversos deles não possuem registro em carteira de trabalho e, assim que receberem pelos meses trabalhados, vão voltar para a casa, em Santa Helena (MA).
“Eles entraram em um acordo e vão pagar o serviço da produção para a gente ir embora. A gente trabalha por produção, a ganha por casa feita, e aí vão nos pagar e já vamos”, destacou Gilberto.
Prédio em que trabalhados do Maranhão estavam está deteriorando, segundo eles, em Sorocaba (SP)
Arquivo pessoal
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