Morning Call: Tarifas de Trump de volta ao radar

Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) interrompeu nesta quinta-feira (20) uma sequência de seis pregões consecutivos em alta, encerrando a sessão em queda de 0,42%, aos 131.954,90 pontos e um volume de negociação de R$ 24,1 bilhões.

O desempenho do índice foi apontado por especialistas como um movimento natural de realização de lucros após as sequências de alta. Apesar dessa queda, até o momento, a Bolsa acumula alta de 2,37% na semana, 7,50% no mês e 9,75% no ano.

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No mercado internacional, a Rússia encerra o ciclo de reuniões de política monetária da semana e a Turquia impressiona com uma reunião surpresa do Banco Central para subir o juro (de 44% para 46%), após a lira atingir baixa recorde em relação ao dólar com a prisão de um rival de Erdogan.

Após as decisões dos Bancos Centrais, a preocupação com as tarifas comerciais dos Estados Unidos (EUA) retornam ao foco e ao cenário de tensão global.

A União Europeia decidiu adiar as tarifas recíprocas aos EUA até meados de abril, mas o Presidente Trump ainda planeja tarifas sobre importações europeias. A essa altura, líderes europeus se reúnem para discutir a relação com os EUA e a defesa do continente.

No Brasil, após o ajuste forte do Copom que ainda repercute no mercado, a agenda desta sexta-feira segue esvaziada de indicadores e compromissos, a não ser pela possível divulgação da arrecadação federal de fevereiro pela Receita, com estimativa de crescimento com a atividade positiva.

Em meio à repercussão das decisões dos Bancos Centrais e retorno das políticas comerciais de Trump ao cenário global, o dólar abriu em leve alta de 0,20%, a R$ 5,68, assim como o dólar futuro, que avança 0,15%, a R$ 5,69. Os juros futuros também seguem em alta, enquanto o Ibovespa futuro cai 0,21%, aos 132.945 pontos.

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Manchetes desta manhã

  • Congresso aprova Orçamento com valor recorde de emendas e superávit de R$ 15 bi (O Globo)
  • CNJ cria limite a penduricalho; juiz pode receber até R$ 92 mil (Estadão)
  • Empréstimo consignado para CLT começa nesta sexta; veja como funciona (CNN)
  • ‘Núcleo crucial’ do golpe custa mais de R$ 265 mil por mês aos cofres públicos (OGlobo)
  • Aposta do estrangeiro contra o real diminui US$ 35 bi em 3 meses e sustenta queda do dólar no ano (Valor)

Mercado global

Na Europa, aéreas derrubam os índices após o anúncio de que o Aeroporto de Heathrow ficará fechado após um incêndio. Ryanair, EasyJet e IAG recuaram entre 1% e 3%.

Encerrando a semana de decisões sobre os juros, o Banco Nacional Suíço cortou juros em 25 pb, BoE e Riksbank da Suécia mantiveram taxas inalteradas.

Marcando as decisões históricas da Alemanha, hoje, a câmara alta do parlamento alemão aprovou legislação sobre regras de empréstimos e um fundo de 500 bilhões de euros (US$ 542 bilhões).

As Bolsas da Ásia encerraram a semana majoritariamente em queda, no reflexo da queda em Nova York na véspera em razão das incertezas com a política tarifária de Trump. A exceção foi do índice Kospi, que ficou no positivo na Coreia do Sul.

O Hang Seng liderou as quedas na região, pressionado por ações de tecnologia. O Japão também fechou no negativo, na volta do feriado local.

Em Nova York, os índices futuros abriram em baixa, refletindo a crescente incerteza sobre a economia global.

Confira os principais índices do mercado:

S&P 500 Futuro -0,2%
• STOXX 600 -0,6%
• FTSE 100 -0,4%
• Nikkei 225 -0,2%
• Shanghai SE Comp. -1,3%
• MSCI EM -0,7%
• Dollar Index +0,1%
• Yield 10 anos -1,2bps a 4,2252%
• Bitcoin -0,6% a US$ 84030,5

Commodities

  • Petróleo: cede, mas caminha para o segundo ganho semanal consecutivo devido a preocupações com a oferta. O Brent/maio recua 0,43%, a US$ 71,69 e o WT/maio cai 0,35%, a US$ 67,83.
  • Minério de ferro: fechou em queda de 0,33% em Dalian, na China, cotado a US$ 104,46/ton. Em Singapura, os contratos futuros recuam 0,65%, cotados a US$ 99,85/ton e o mercado à vista cede 0,29%, cotado a US$ 101,85/ton.
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Cenário internacional

Nos Estados Unidos, a agenda tem como destaque as falas de membros do Federal Reserve (Fed), Austan Goolsbee e John Williams.

Na seara da guerra comercial, Trump disse que as tarifas recíprocas amplas e algumas taxações adicionais específicas entrarão em vigor em menos de duas semanas, em 2 de abril.

Na próxima semana, em destaque o PMI da Zona do Euro e dos EUA na segunda-feira (24), CPI do Reino Unido na quarta-feira (26), PIB do 4º trimestre dos EUA na quinta-feira (27) e inflação do consumo (PCE) dos EUA na sexta-feira (28).

Cenário nacional

No Brasil, tem o vencimento de opções sobre ações na B3. No mais, a agenda segue esvaziada de indicadores econômicos importantes.

O Congresso aprovou ontem o Orçamento 2025, mantendo a meta de déficit zero e previsão de superávit primário de R$ 15 bilhões. A equipe econômica deve fazer os primeiros ajustes nos gastos por meio de um decreto, já que o Orçamento foi aprovado somente em março.

Segundo O Globo, o governo estuda antecipar o 13º de aposentados após a aprovação do Orçamento.

Entre os compromissos do dia, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concede entrevista a um podcast às 19h.

Na próxima semana, destaque para a divulgação da ata do Copom, na terça-feira (25), IPCA-15 na quinta-feira (27) e dados do mercado de trabalho – Pnad contínua e Caged – na sexta-feira (28).

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Destaques no mercado corporativo

  • Natura: anunciou nova simplificação da sua estrutura de negócios, com mudanças na direção executiva e no conselho de administração. O novo presidente do Conselho será Fábio Barbosa.
  • CCR: vai propor na próxima assembleia, em 23 de abril, a troca da marca e passará a se chamar Motiva a partir de abril, com novo ticker na B3.
  • Brava Energia: registrou prejuízo pró-forma de R$ 1 bilhão no 4º trimestre e reverteu lucro do ano anterior.
  • Petz: reportou prejuízo de R$ 43 milhões no 4º trimestre e reverte lucro de um ano anterior. A receita líquida cresceu 7,1%, para R$ 878 milhões.
  • Bradesco: anunciou a distribuição de R$ 2,3 bilhões em JCP, com R$ 0,2071 por ação ON e R$ 0,2278 por ação PN, pagando até 31/11; ex em 1º/4.
  • Bradespar: O Conselho de Administração propôs distribuir R$ 350 milhões em dividendos (R$ 0,8361 por ação ON e R$ 0,9197 por ação PN), com pagamento em 15/5; ex em 28/4. O pagamento será deliberado e votado nas Assembleias Gerais a ser realizado em 24/4.
  • Direcional: anunciou a divisão do fundo Filadélfia, com seu patrimônio sendo repartido igualmente entre PHPH e Share, que passarão a deter 12,8% das ações cada.

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