Os que dizem que o ato em Copacabana ‘flopou’ são os mesmos que não lotam um metro quadrado com apoiadores espontâneos

Os que dizem que o ato em Copacabana ‘flopou’ são os mesmos que não lotam um metro quadrado com apoiadores espontâneos 1
Foto: Divulgação/PL

Copacabana em pauta. Toda grande manifestação no Brasil vem acompanhada de uma disputa paralela: quantas pessoas realmente compareceram? Foram 18 mil, como apontam alguns, ou 400 mil, como dizem outros? A divergência nas estimativas não é um ponto insignificante, mas parte do próprio jogo político. Afinal, mais do que as pautas defendidas, é o tamanho do público que define o peso de um ato e a capacidade de barganha de seus organizadores.

No caso de Jair Bolsonaro, essa discussão se torna ainda mais relevante. Ele é um dos poucos políticos no Brasil — e talvez no mundo — que consegue reunir multidões espontaneamente, sem a necessidade de estruturas gigantescas de mobilização, caravanas organizadas ou incentivos financeiros. Sua base de apoio tem uma característica única: a disposição voluntária de sair às ruas sempre que convocada. Essa é uma vantagem que Bolsonaro sabe explorar como poucos.

Curiosamente, aqueles que insistem em minimizar o número de participantes em atos bolsonaristas são os mesmos que não conseguem mobilizar nem uma fração desse público para seus próprios eventos. A realidade é que, no Brasil, não há outro político capaz de atrair tantas pessoas para manifestações de rua de maneira recorrente. Se Bolsonaro bate recordes, ele concorre consigo mesmo. Se há uma eventual redução no público, a comparação ainda é interna, porque nenhuma outra liderança política consegue se aproximar de seus números.

Além disso, a força das ruas não pode ser medida apenas pela quantidade de pessoas, mas pelo impacto gerado. As imagens de Copacabana lotada, com milhares de apoiadores, ganham repercussão nacional e internacional, deixando claro que Bolsonaro mantém um poder de mobilização que nenhuma outra figura política consegue replicar. Enquanto seus opositores tentam minimizar suas manifestações, os números falam por si.

Como exemplo final, basta observar o ato pró-Lula organizado este ano em defesa da narrativa sobre os eventos do 8 de Janeiro. Apesar de amplo apoio midiático e incentivo de diversas figuras da esquerda, a manifestação ‘Sem Anistia’ reuniu menos de mil pessoas.

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