Superávit do agronegócio paulista cai 25,7% no 1º bimestre

A balança comercial do agronegócio paulista registrou um superávit de US$ 3,01 bilhões nos primeiros dois meses de 2025. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (18), pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.

Apesar de fechar o bimestre com superávit, o agro paulista registrou uma queda de 25,7% na comparação anual. Durante o período, as exportações somaram US$ 4,03 bilhões, enquanto as importações ficaram em US$ 1,02 bilhão.

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Queda nas exportações de açúcar

A principal razão para a redução no superávit foi a queda nas exportações de açúcar, que enfrentou maior concorrência da produção de Índia, Tailândia e União Europeia, além do impacto da entressafra no Brasil.

Com preços mais vantajosos no mercado interno, devido à desvalorização do dólar frente ao real, muitos produtores paulistas optaram por vender no mercado doméstico.

Apesar da retração, São Paulo manteve a liderança nacional nas exportações do agronegócio, com 18,1% de participação. O estado foi seguido por Mato Grosso (15%), Minas Gerais (11,6%) e Paraná (11,5%).

“O agro paulista continua forte, com sucos e o complexo sucroalcooleiro representando mais de 50% das exportações brasileiras nesses setores”, afirma Guilherme Piai, secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.

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Principais produtos exportados

Os cinco grupos de produtos mais exportados pelo agronegócio paulista no 1º bimestre de 2025 foram:

  • Complexo sucroalcooleiro: US$ 1,09 bilhão (27% do total), sendo 91,6% açúcar e 8,4% etanol.
  • Sucos: US$ 573,74 milhões (14,2%), com 98,6% suco de laranja.
  • Carnes: US$ 567,76 milhões (14,1%), com 82,1% carne bovina.
  • Produtos florestais: US$ 494,75 milhões (12,3%), com 54,7% celulose e 36,2% papel.
  • Café: US$ 297,21 milhões (7,4%), com 70,4% café verde e 26,5% café solúvel.

Esses cinco grupos representaram 75% das exportações totais do setor. O complexo soja ficou na sétima posição, com US$ 175,91 milhões em vendas, sendo 68,5% soja em grão e 24,1% farelo de soja. A expectativa é de aumento nas exportações de soja nos próximos meses, à medida que avance a colheita no estado.

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