Artrose grau 3 no joelho aposenta? Descubra critérios para obter benefícios, cuidados essenciais e opções de tratamento para enfrentar essa limitação.
A artrose de grau 3 no joelho é um estágio que demonstra desgaste severo da cartilagem na articulação, causando dor crônica e comprometimento significativo da mobilidade.
Esse cenário afeta rotinas simples, como subir escadas ou caminhar por períodos prolongados.
Em muitos casos, pessoas nessa condição se perguntam se é possível obter aposentadoria. O tema envolve fatores clínicos, avaliações profissionais e direitos previdenciários.
Entendendo a Artrose Grau 3 no Joelho
A artrose no joelho, também conhecida como gonartrose, surge quando ocorre perda progressiva da cartilagem que recobre os ossos.
Na fase 3, esse desgaste é extenso e pode provocar formação de osteófitos (chamados popularmente de “bicos de papagaio”) e redução significativa do espaço articular.
O joelho pode ficar rígido, com sensação de travamento, estalos e inchaço. O desconforto aumenta após períodos de repouso ou ao final do dia.
“A deterioração da cartilagem expõe o osso subcondral, agravando as dores. Esse fator limita a capacidade de movimentação, uma vez que tarefas simples passam a exigir esforço elevado. Caminhar, flexionar os joelhos ou permanecer em pé geram incômodos constantes”, esclareceu um ortopedista de joelho em Goiânia.
O impacto psicológico também é considerável, pois o indivíduo sente dificuldade para cumprir tarefas básicas e exercer atividades profissionais que demandem mobilidade.
Sinais e Sintomas Mais Comuns
A artrose avançada traz sinais clássicos que merecem atenção imediata. Entre eles:
- Dor intensa: surge de forma frequente, principalmente após esforço ou longos períodos em pé.
- Rigidez articular: tornar o joelho flexível exige tempo e aquecimento prévio.
- Inflamação e inchaço: a região pode apresentar acúmulo de líquido e aspecto volumoso.
- Crepitação: sensação de “areia” ou atrito durante movimentos de flexão e extensão.
- Limitação do arco de movimento: o joelho não estica ou dobra completamente.
- Alterações estruturais: inclinação do joelho para fora ou para dentro, gerando desalinhamentos.
Tais sinais prejudicam a capacidade de andar longas distâncias ou se abaixar repetidamente. O desgaste avançado pode levar à perda de força muscular, pois a dor inibe práticas físicas que poderiam fortalecer a região.
Capacidade de Trabalho e Artrose Avançada
A presença de artrose grau 3 no joelho pode interferir na execução de funções profissionais, sobretudo naquelas que demandam movimentos frequentes.
Ficar muito tempo em pé, subir escadas, carregar peso ou dirigir longas distâncias tornam-se desafios diários.
Certas ocupações exigem dinamismo constante, o que agrava as dores e reduz o rendimento do trabalhador.
Há situações em que a limitação é tamanha que o indivíduo se ausenta do emprego repetidas vezes. Essa condição atinge não só profissionais que realizam atividades braçais, mas também quem precisa se locomover dentro de escritórios ou participar de deslocamentos periódicos.
Em fases avançadas, as restrições podem inviabilizar o exercício das tarefas habituais, levando ao afastamento.
Direitos Previdenciários e Elegibilidade
O sistema previdenciário prevê benefícios para quem está temporária ou permanentemente incapacitado de trabalhar.
Para quem sofre com artrose de grau 3 no joelho, existem duas modalidades principais:
- Auxílio-doença (Benefício por Incapacidade Temporária): Voltado a quem enfrenta incapacidade passageira superior a 15 dias. O segurado deve ter contribuições regulares, cumprir carência mínima (em geral 12 meses) e passar pela perícia médica. Caso o especialista identifique condições de melhora ou estabilização, o benefício será concedido temporariamente.
- Aposentadoria por Invalidez (Benefício por Incapacidade Permanente): Indicada para quem não consegue mais realizar qualquer trabalho. É necessário comprovar que a artrose tornou inviável a continuidade em qualquer ocupação, sem possibilidade de reabilitação profissional. A perícia do INSS avalia se a limitação é irreversível. Após esse processo, o benefício pode ser concedido de maneira permanente.
O simples diagnóstico de artrose grau 3 não garante a aposentadoria. O fator decisivo é demonstrar que o problema inviabiliza o exercício laboral em caráter definitivo.
O médico assistente deve elaborar um laudo circunstanciado, descrevendo como a artrose afeta especificamente as atividades profissionais.
As particularidades da profissão, bem como idade, nível de escolaridade e outras habilidades, são analisadas.
Como Solicitar o Benefício
Para encaminhar um pedido de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, alguns passos são fundamentais:
- Reunir documentos médicos: relatórios, laudos, exames de imagem (raio-X, ressonância magnética ou tomografia) e qualquer comprovação de tratamentos já realizados. Todo material deve enfatizar as limitações funcionais e o quanto elas afetam as tarefas cotidianas.
- Realizar o requerimento: o pedido pode ser feito no portal ou aplicativo Meu INSS, anexando a documentação necessária. Também é possível contatar a central telefônica (número 135) para orientações e agendamentos.
- Comparecer à perícia médica: apresentar todos os documentos originais, responder às perguntas do perito sobre rotinas de trabalho e detalhar a intensidade dos sintomas. A sinceridade é fundamental para que a avaliação seja fiel ao quadro real.
- Acompanhar o resultado: o status da análise fica disponível no sistema Meu INSS. Se houver negativa, é possível entrar com recurso administrativo ou buscar orientação jurídica especializada.
Possíveis Formas de Tratamento
Em artrose de grau 3, diversas intervenções podem auxiliar no controle de dores e na manutenção de alguma funcionalidade.
Cada organismo reage de um modo, então a abordagem deve ser personalizada:
- Medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios: reduzem a dor e a inflamação, embora seja preciso cautela no uso prolongado.
- Fisioterapia: exercícios e técnicas específicas ajudam a fortalecer os músculos ao redor do joelho, trazendo estabilidade.
- Viscossuplementação: injeções intra-articulares de ácido hialurônico que agem como lubrificante para a articulação.
- Terapias celulares: alguns tratamentos envolvem componentes que estimulam a regeneração local, minimizando desgastes.
- Bloqueios de dor: procedimentos que visam bloquear a transmissão de sinais dolorosos, gerando alívio temporário.
- Cirurgias: artroscopia pode limpar a articulação e retirar fragmentos, enquanto a prótese total do joelho substitui a articulação comprometida por componentes artificiais.
A escolha terapêutica depende do grau de comprometimento, histórico clínico e estilo de vida. Há quem encontre alívio com atividades aquáticas, que reduzem o impacto nas articulações.
Outros precisam de intervenções cirúrgicas, principalmente se a cartilagem estiver demasiadamente danificada.
Importância do Acompanhamento Especializado
Segundo Dr. Ulbiramar Correia, médico especializado em saúde do joelho em Goiânia, um profissional capacitado em doenças articulares pode orientar sobre o melhor caminho para cada pessoa.
Laudos bem elaborados são essenciais para processos previdenciários, pois descrevem, de maneira clara, até que ponto a artrose interfere na vida diária.
Conversar abertamente com o médico possibilita o ajuste de tratamentos e o planejamento de rotinas que atenuem as dores.
Incluir fisioterapeutas, nutricionistas e outros especialistas no processo contribui para o equilíbrio global do organismo.
Fortalecer a musculatura, manter um peso corporal adequado e respeitar as limitações impostas pela doença são cuidados importantes.
Apesar de ser um problema crônico, estratégias adequadas podem desacelerar a progressão e melhorar a qualidade de vida.
Conclusão
A artrose grau 3 no joelho apresenta desafios que vão desde a dor intensa até a limitação na performance laboral.
O sistema de previdência oferece caminhos para quem não consegue mais se manter ativo no mercado de trabalho em decorrência do quadro clínico.
Cada caso exige documentação médica detalhada, perícia e análise criteriosa do histórico profissional.
Buscar tratamento precoce faz diferença na evolução da artrose. Terapias de suporte, uso correto de medicamentos e adoção de hábitos saudáveis podem amenizar os sintomas e retardar degenerações mais graves.
Em situações nas quais a capacidade de trabalho é perdida permanentemente, a legislação previdenciária concede auxílio ou aposentadoria, desde que fique comprovada a gravidade do problema e sua irreversibilidade.
A persistência em cuidar do próprio corpo e em buscar orientações médicas aumenta as chances de manter uma rotina satisfatória, mesmo com a artrose avançada.
É viável encontrar caminhos para amenizar o desconforto, recuperar parte da mobilidade e, quando necessário, recorrer aos direitos previdenciários que amparam quem se encontra incapacitado.
