
Visita ao vulcão ativo custará 4.000 ienes (US$ 27, ou R$ 155) durante o verão japonês (inverno no hemisfério sul). Monte Fuji, em foto de 2021
AP Photo/Kiichiro Sato
Os turistas que desejarem escalar o Monte Fuji, no Japão, terão que pagar uma taxa de entrada de 4.000 ienes (US$ 27, ou R$ 155), anunciaram as autoridades locais nesta segunda-feira (17).
O valor, cobrado durante o verão japonês (inverno no hemisfério sul), representa o dobro do que era cobrado no ano passado.
Em 2024, a prefeitura de Yamanashi, lar do Monte Fuji, introduziu uma taxa de 2.000 ienes (US$ 13,50 ou R$ 77) e um limite diário de 4.000 pessoas de julho a setembro para acessar a trilha “Yoshida”, a rota mais popular para o vulcão ativo.
Agora, a prefeitura vizinha de Shizuoka também decidiu cobrar por outras três trilhas, que até agora eram gratuitas. Tanto o caminho por Yamanashi quanto as rotas por Shizuoka custarão 4.000 ienes para os turistas.
Em 2024, 204.316 pessoas acessaram o Monte Fuji, abaixo das 221.322 de 2023, segundo o Ministério do Meio Ambiente.
“Nenhuma outra montanha no Japão atrai tantas pessoas em pouco mais de dois meses. Algumas restrições são necessárias para garantir a segurança [dos visitantes]”, disse à AFP Natsuko Sodeyama, uma autoridade da região de Shizuoka.
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O Monte Fuji fica coberto de neve durante a maior parte do ano; dessa forma, o turismo se concentra durante o verão. Os turistas sobem para assistir ao nascer do sol do cume.
A montanha, que se distingue por sua simetria, foi imortalizada em inúmeras obras de arte, incluindo a gravura “A Grande Onda de Kanagawa”, do pintor Hokusai.
Em 2024, o Japão registrou um número recorde de turistas estrangeiros, com 36,8 milhões de visitantes, levantando preocupações sobre as consequências do alto fluxo de turistas em alguns destinos, como Kyoto.