(Brasília-DF)
O Mundo está mudando, mesmo com a onda ultraconservadora que deseja que algumas coisas voltem no tempo, pois eram mais fáceis de entender.
As mulheres são as grandes responsáveis, em boa parte, por essas mudanças. Ao longo do século 20 e agora no século 21 elas carregaram nas costas todas as minorias( muitas delas são maioria, em número). As mulheres, essas gigantes, que além de enfrentarem suas venturas tinham que patrocinar de outros tantos.
As mulheres na política e no poder não são muitas. A mais célebre de todas foi Margareth Thatcher, a primeira ministra do Reino Unido. Muitas outras tentaram, talvez o maior fracasso tenha sido o de Dilma Rousseff, no Brasil, pelo tamanho e importância de nosso país.
Hoje, vemos o desempenho da presidente do Banco Europeu, Chistine Lagarde, o histórico momento com Ursula von der Leyen, na Comissão Europeia, e a recente eleita presidente do México, Claudia Sheinbaum. Não é fácil para as mulheres no poder.
Sempre se disse que nada se resolve em plenário, mas sim em torno de mesas de mogno (ambientalmente incorreto), se tomando cognac e fumando habanos. Nada mais masculino e sexista. Se fala que as mulheres na política para serem respeitadas devem deixar de falar de crianças e mulheres. Infelizmente, isso ganhou pernas, como se as mulheres deixassem de ser mulheres ao entrarem na política. As mulheres enriquecem a vida pública pois suas qualidades de gênero, são inestimáveis.
Não é bom esquecer que fazer política não é só buscar e manter o poder mais cuidar de gente. Nisso as mulheres são únicas.
No dia 10 de março a deputada Gleisi Hoffmann, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, vai assumir a chamada coordenação política do Lula 3.
Estão falando, abertamente ou reservadamente, não dos predicados da paranaense, terra da Lava Jato, onde Lula ficou 580 dias preso. Só falam de seus defeitos, malvista no Congresso mais conservador da história do Brasil. Gleisi chamou com veemência todos os líderes do Centrão que foram, de uma forma direta ou indireta, os que bancaram o impeachment de Dilma Rousseff, de golpistas.
É verdade, chama atenção mais os problemas de Gleisi que suas virtudes, mas ela é fidelíssima a Lula, ela vai estar à frente do novo modelo de aplicação de emendas parlamentares orçamentárias e irá ter caráter discricionários sobre 20%, ao menos, do que existia e era todo impositivo.
Gleisi Hoffmann vai viver um novo momento na questão orçamentária pois os chefes da Câmara e do Senado não vão poder fazer do jeito de desejavam, privilegiando quem desejasse. O novo padrão de transparência vai impedir que os congressistas fiquem alheio aos favoritos.
Gleisi Hoffmann representa não suas virtudes e defeitos, mas a decisão do presidente Lula. Ele dobrou a aposta em torno do petismo e que ele será capaz de formar a coalizão de sucesso que ele precisa.
De fato, Lula nos surpreendeu com a indicação de Gleisi Hoffmann para comandar a articulação de seu governo, se sabendo que ela não perdoa Fernando Haddad por ele ter sido escolhido para substituir Lula na eleição de 2028. Até parece que Lula quer esgotar a fórmula e mostrar para o PT que só ele tem a fórmula. Eu ainda não acredito que Lula desaprendeu a fazer política.
GENÉSIO ARAÚJO JÚNIOR
JORNALISTA
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