A Eneva (ENEV3) assinou um contrato de financiamento com o Banco do Brasil, no valor de R$ 1 bilhão, que serão destinados à construção e implementação do Projeto Azulão 950MW, que representa um importante avanço de seus projetos de expansão na região amazônica. O acordo foi celebrado nesta quinta-feira (29).
O financiamento do projeto termelétrico conta, ainda, com repasse de recursos do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia – FDA e tem custo de IPCA + 3,68% ao ano.
Destinação e condições do financiamento
Localizado no Amazonas, o Projeto Azulão 950MW tem capacidade estimada de 950 megawatts (MW) e contará com financiamento destinado à construção e implementação da UTE Azulão II e da UTE Azulão IV (denominadas UTE Azulão II).
O prazo estabelecido para quitação do financiamento é de 18 anos, com carência de quatro anos para o pagamento do principal e dos juros, com vencimento previsto para 1º de julho de 2042. Com a celebração desse contrato, a companhia atinge o montante de R$ 2,025 bilhões em financiamento garantido, destinados ao Projeto Azulão 950 MW, ao custo médio ponderado de IPCA + 3,68%.
As liberações dos recursos, portanto, estão sujeitas a determinadas condições precedentes usuais a este tipo de operação e ao cronograma do projeto.
Bons resultados no 2º trimestre
No segundo trimestre de 2024, a Eneva reportou um lucro líquido de R$ 1,186 bilhão, representando um aumento de 204,4% em relação ao mesmo período de 2023. Considerando as participações minoritárias da companhia, os resultados mostram um lucro líquido ajustado de R$ 1,066 bilhão, com crescimento de 186,5% também na comparação anual.
No Ebitda (Lucros Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) consolidado, a empresa totalizou R$ 1,070 bilhão, significando uma queda de 9,9% em relação ao segundo trimestre do ano passado. Declínio foi atribuído principalmente ao encerramento das operações da Usina Termelétrica (UTE) Fortaleza no final do ano. Excluindo esse impacto, a companhia registraria um crescimento de 4,5%.
Segundo resultados do balanço divulgado pela empresa referente ao segundo trimestre, a dívida bruta consolidada chegou a R$ 19,529 bilhões ao final de junho de 2024, representando um aumento em relação ao mesmo período de 2023, quando era de R$ 18,263 bilhões.
Já a dívida líquida consolidada (dívida total menos o saldo de caixa) fechou o trimestre em R$ 17,828 bilhões. A relação dívida líquida/Ebitda dos últimos 12 meses ficou em 4,36x, fechando abaixo do limite máximo de 5,0x aprovado para o segundo trimestre de 2024.
Na tarde desta quinta-feira (29), às 16h39 (horário de Brasília), as ações da Eneva eram negociadas a R$ 13,30 (-2,35%).
Além dos excelentes resultados no segundo trimestre, em maio deste ano a Eneva concluiu o processo de incorporação de sua subsidiária, Centrais Elétricas de Sergipe Participações S.A (Celsepar) junto à New Fortress Energy e à Ebrasil.
Com o acordo, companhia passou a deter 100% de participação na termelétrica Porto de Sergipe (1,593 GW), em Barra dos Coqueiros (SE), e garantiu acesso à infraestrutura de importação de gás natural liquefeito (GNL). A incorporação, portanto, passou a produzir efeitos a partir deste mês de agosto.
Imagem: Eneva / Divulgação
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