O Ceará segue na segunda posição em todo o país como o maior exportador de calçados, ficando atrás apenas do Rio Grande do Sul. Em janeiro, o Estado exportou cinco milhões de pares de calçados, movimentando US$ 27,42 milhões, um aumento de 34,8% frente a 2024. Já as fábricas gaúchas embarcaram 2,62 milhões de pares, que geraram US$ 37,6 milhões, recuo de 12,1% frente ao ano anterior.
Os dados são da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados). Em janeiro, o principal destino do calçado brasileiro no exterior foi os Estados Unidos, para onde foram embarcados 1,13 milhão de pares por US$ 19 milhões, incremento de 4,2% em pares e queda de 11,5% na receita gerada. Na sequência, apareceram a Argentina (635,6 mil pares e US$ 10,36 milhões, alta de 14,2% em volume e queda de 6,3% em receita no comparativo com o mesmo mês de 2024) e a França (380,6 mil pares e US$ 4,9 milhões, incrementos de 14,7% e 54,3%, respectivamente).
Ainda segundo dados da Abicalçados, com base nos índices do IBGE, no ano passado, a produção de calçados cresceu 3,5% frente a 2023. No total, foram produzidos 896,8 milhões de pares de calçados, dos quais 97,4 milhões destinados à exportação. O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, explica que o crescimento na produção poderia ter sido ainda maior, caso não fosse a “invasão” de calçados importados, especialmente da Ásia. No ano passado, as importações cresceram 26% em relação a 2023. Cerca de 90% das importações são de calçados produzidos na Ásia, com destaque para Vietnã, China e Indonésia. “Hoje, mais de 85% da nossa produção é absorvida pelo mercado interno, que estava aquecido ao longo de 2024, com um crescimento no consumo aparente de 7,7%. No entanto, boa parte desse bom momento doméstico foi abocanhado pelos importados”, comenta Ferreira.
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