Hypolito também contou que, durante as Olimpíadas de 2016, usava uma prótese capilar (lace) para disfarçar a calvície. As declarações de Diego Hypolito trouxeram à tona discussões sobre calvície. Muitas pessoas com tendência genética à perda de cabelos fazem de tudo para não ficarem carecas. Mas os tratanentos podem gerar riscos. Embora não recuperem completamente o cabelo perdido, medicamentos como finasterida e minoxidil são eficazes para evitar a piora da queda, especialmente em homens. Mas exigem cuidado. O minoxidil, originalmente desenvolvido nos anos 1970 para tratar pressão alta, age dilatando as artérias e reduzindo a pressão sanguínea. Mas um efeito colateral foi o crescimento de pelos no corpo — principalmente em mulheres —, o que levou ao aprofundamento nas pesquisas.Hoje, sabe-se que o minoxidil melhora a circulação nos folículos capilares, fornecendo mais oxigênio e nutrientes, além de prolongar a fase de crescimento do cabelo (conhecida como anágena).A finasterida, por sua vez, foi desenvolvida inicialmente em 1992 para tratar a hiperplasia prostática benigna (doença que causa o aumento da próstata).Seu efeito positivo no cabelo ocorre porque inibe a enzima 5-alfa-redutase, reduzindo a conversão de testosterona em DHT, hormônio associado à calvície.É importante frisar que tanto a finasterida quanto o minoxidil são os tratamentos mais comuns para calvície masculina.No caso das mulheres, apenas o minoxidil é recomendado devido aos riscos que a finasterida apresenta durante a gravidez, podendo causar anomalias em fetos masculinos. Enquanto o minoxidil não afeta a atividade íntima, a finasterida pode causar efeitos colaterais como redução da libido e disfunção erétil em cerca de 2% dos homens.A persistência desses sintomas após a interrupção do uso ainda é tema de controvérsias, sem estudos conclusivos.O uso oral do minoxidil é uma questão que se tornou controversa recentemente. Enquanto a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) recomenda uma prescrição criteriosa para casos selecionados de alopecia, a Sociedade Brasileira de Tricologia (SBTri) contraindica seu uso. A Anvisa não registrou — e não recomenda — o medicamento para uso oral no Brasil. Apesar de ser mais eficaz e prático do que a forma tópica, o minoxidil oral apresenta riscos cardíacos, como taquicardia e pericardite. Especialistas enfatizam a necessidade de avaliação médica criteriosa antes de seu uso, considerando as condições clínicas e evitando automedicação.Por fim, um adendo: qualquer um desses medicamentos só deve ser usado com acompanhamento médico, pois precisa ser ajustado ao caso específico de cada paciente.