O dólar à vista fechou em queda de 0,31%, a R$ 5,77, nesta terça-feira (11), apesar da confirmação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio começarão a ser aplicadas a partir de março.
O movimento da moeda reflete a expectativa de que ainda haja espaço para negociações em torno dessas tarifas, o que manteve o apetite por ativos emergentes.
Desde o início do ano, a moeda acumula desvalorização de 6,67%.
Real e outras moedas emergentes se valorizam
O dólar perdeu força não só frente ao real, mas também em relação ao peso mexicano e outras moedas emergentes. Isso ocorreu mesmo com Brasil e México figurando entre os três maiores exportadores de aço para os EUA.
Segundo analistas, o mercado já esperava um cenário mais severo em relação às tarifas no início do governo Trump. Como as medidas foram consideradas menos rígidas do que o antecipado, houve um ajuste de posições no câmbio.
Cenário internacional e juros nos EUA
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a seis moedas fortes, também operou em baixa moderada. Isso ocorreu mesmo diante da redução das apostas em cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed). O presidente da instituição, Jerome Powell, reforçou que não há pressa para ajustar a política monetária.
Investidores agora aguardam a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) de janeiro nos EUA para calibrar suas projeções sobre os próximos passos do Fed.
Diferencial de juros favorece o real
A combinação da política monetária americana com as taxas de juros no Brasil tem favorecido o real. O mercado segue apostando que a Selic pode atingir 15%, ampliando o diferencial de juros entre Brasil e EUA, o que tende a atrair capital estrangeiro para o país.
Além disso, a desaceleração do IPCA de 0,52% em dezembro para 0,16% em janeiro reforça a perspectiva de que o Banco Central manterá uma postura cautelosa na condução da política monetária.
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