Lideranças municipais e estaduais do PDT no Ceará têm almoço marcado com o presidente nacional da sigla e ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, na próxima sexta-feira (14/2), em Fortaleza. Estão convidados para o encontro os parlamentares pedetistas, incluindo os oito vereadores de Fortaleza, os ex-prefeitos Roberto Cláudio e Sarto Nogueira, o ex-ministro Ciro Gomes e o presidente nacional interino do PDT, o deputado federal André Figueiredo.
O encontro servirá para “retomar as discussões sobre os rumos do partido”. O PDT passou por grandes mudanças nos últimos meses, com a derrota na disputa pela Prefeitura de Fortaleza; e a redução de sua bancada na Assembleia Legislativa do Ceará de 13 para cinco deputados, com a saída migração de sete parlamentares para o PSB e um para o PT.
André Figueiredo explica que a prioridade do PDT para 2026 são as eleições proporcionais “que sejam viáveis, ou seja: deputado estadual, deputado federal e senador”. Ou seja, por enquanto, a sigla está fora da disputa pelo Governo do Estado. O assunto estará no cardápio, mas pode ser indigesto para Roberto Cláudio. O ex-prefeito disputou o governo do Estado em 2022 contra o atual governador Elmano de Freitas (PT) e busca se manter viável para 2026.
Aliança
Outro posicionamento da sigla que pode desagradar RC é a decisão de não compor chapa com o PL. Apesar de ser base do governo Lula nacionalmente, algumas lideranças do PDT Fortaleza e Ceará apoiaram o deputado federal André Fernandes (PL) no segundo turno da disputa pela Prefeitura de Fortaleza. Esse bloco de oposição, que também contou com o ex-deputado Capitão Wagner (União Brasil), está se movimentando para lançar uma chapa única em 2026.
“O PDT não estará na aliança que o PL lance candidatura. Nós não estaremos nessa aliança”, afirma André Figueiredo. Nas eleições municipais de 2024, o partido liberou “posicionamentos individuais” de suas lideranças. No entanto, o entendimento não deve se repetir na disputa de 2026, quando serão eleitos deputados estaduais, deputados federais, senadores, governadores e o presidente.
Câmara
Além da redução da bancada estadual, o PDT deve perder algumas cadeiras na federal. Dos cinco deputados federais pedetistas – André Figueiredo, Enfermeira Ana Paula, Leônidas Cristino, Mauro Benevides Filho e Robério Monteiro – apenas dois devem seguir na legenda. Essa perda será mais danosa, pois a representatividade na Câmara é a base de cálculo para envio de recursos para a campanha e tempo de propaganda eleitoral
“Dentro do PDT, talvez, só fiquemos eu e o Mauro. Assim, que têm mandato [federal] atualmente. Vamos fazer uma chapa para buscarmos eleger três”, explica Figueiredo. Sarto, que está recluso desde quando deixou a prefeitura, está sendo cotado para disputar uma vaga como deputado federal.
(Por Maurício Moreira)
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