O relatório do payroll dos EUA divulgado nesta sexta-feira (7) pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos revelou a criação de 143 mil empregos em janeiro de 2025. O número ficou abaixo das expectativas do mercado, que projetaram a geração de 170 mil novas vagas no período.
Apesar do crescimento mais fraco, a taxa de desemprego caiu para 4%, com 6,8 milhões de norte-americanos ainda sem ocupação. A taxa de participação da força de trabalho manteve-se em 62,6%, enquanto a relação emprego-população foi de 60,1%.
Setores que Mais Criaram e Perderam Empregos
O payroll dos EUA mencionou que alguns setores expandiram suas contratações, enquanto outros registraram perdas:
- Setores em crescimento: Assistência médica, varejo e serviços sociais foram os que mais abriram novas vagas.
- Setores em queda: Indústrias de mineração, petróleo e gás revelaram números de empregos, refletindo os riscos de volatilidade nos preços das commodities.
O Departamento do Trabalho também revisou os dados dos meses anteriores. Em dezembro de 2024, a criação de empregos foi revisada para 307 mil, enquanto em novembro passou para 261 mil – um ajuste total de 100 mil novas vagas.
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Impacto no Crescimento Salarial
Os ganhos médios por hora aumentaram 0,5% em janeiro, atingindo US$ 35,87. Na comparação anual, o avanço teve um avanço de 4,1%. Esse crescimento pode gerar preocupações sobre a inflação, já que os rendimentos maiores podem levar um aumento no consumo e, consequentemente, a pressão inflacionária.
A média de horas trabalhadas por semana se manteve em 34,1 horas, sem grandes alterações.
Influência do payroll dos EUA na Política Monetária
O payroll dos EUA é um indicador fundamental para as decisões do Federal Reserve (Fed). A desaceleração na criação de empregos, combinada ao crescimento salarial, cria um dilema para o banco central norte-americano:
- Se o mercado de trabalho continuar a perder força, o Fed pode ser pressionado a reduzir as taxas de juros para estimular a economia.
- Por outro lado, se o crescimento salarial continuar alto, a autoridade monetária poderá manter uma postura mais conservadora para evitar novas pressões inflacionárias.
Antes da divulgação do relatório, o mercado financeiro estava dividido sobre os próximos passos do Fed. O monitoramento do CME FedWatch mostrou que 85,5% dos investidores apostavam na manutenção das taxas de juros na reunião de março, enquanto 14,5% projetavam um corte de 0,25 ponto percentual.
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Perspectivas para os Próximos Meses
Os dados do payroll dos EUA indicam que o mercado de trabalho está perdendo força, mas ainda apresenta resiliência. Nos próximos meses, os analistas continuarão monitorando os números de empregos, o crescimento salarial e a inflação para avaliar se o Federal Reserve ajustará sua política monetária.
Se os novos relatórios confirmarem a tendência de desaceleração, as apostas por cortes de juros deverão se intensificar, podendo impactar os mercados globais e a economia dos Estados Unidos.
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