Dólar fecha em queda, a R$ 5,76, com guerra de tarifas no radar 

O dólar fechou em queda de 0,5% nesta quinta-feira (6), cotado a R$ 5,764, retomando o movimento de retração em relação ao real que fora pausado na véspera. Ao todo, a moeda acumula perdas de mais de 6% desde que o ano começou.

Já a Bolsa subiu 0,55%, aos 126.224 pontos.
Em dia de agenda esvaziada, o foco dos mercados nesta sessão esteve no exterior, em especial em dados de emprego dos EUA e nos desenrolares do conflito comercial dos norte-americanos com a China -fatores que podem influenciar nas próximas decisões de juros do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA).
Na ponta macroeconômica, o número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego subiu para 219 mil na semana passada, acima das expectativas de 213 mil de economistas consultados pela Reuters.

A resiliência do mercado de trabalho dos EUA tem sido a força motriz por trás da expansão econômica do país e um dos motivos pelos quais o Fed pausou os cortes na taxa de juros. O dado desta quinta, porém, indica que há um arrefecimento gradual da empregabilidade por lá, o que fortalece a tese de que há ainda espaço para mais afrouxamento monetário por parte do banco central norte-americano.
A principal divulgação da semana ocorre hoje, quando serão conhecidos os números do “payroll” (folha de pagamento, em inglês), principal indicador de emprego do país.
A suspensão da imposição de tarifas sobre o México e o Canadá veio após ambos os países reforçarem a segurança nas fronteiras com 10 mil agentes de cada lado.

A manobra demonstrou a disposição de Trump em usar tarifas como barganha ante parceiros comerciais importantes, apesar de potenciais efeitos negativos para a própria economia americana. Até então, tarifas de 25% sobre importações do México e do Canadá, impostas no decreto de sábado, seriam uma espécie de sanção para os fluxos de imigrantes indocumentados para os Estados Unidos e de opioides fentanil.
A única exceção seria sobre os fornecimentos de petróleo e energia canadenses, sobre os quais os EUA são mais dependentes e que teriam uma taxa menor, de 10%.

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