Mais de mil postos de combustíveis podem ser do crime organizado, diz ministro

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou que o crime organizado pode estar operando mais de mil postos de combustíveis no Brasil. Ele disse ainda que pediu à Polícia Federal (PF) para abrir um inquérito com a finalidade de apurar a atuação desses grupos no setor.
A declaração foi dada na primeira reunião do Núcleo Estratégico de Combate ao Crime Organizado, nessa quarta-feira (5), que teve como foco o enfrentamento à atuação de grupos criminosos no setor de combustíveis. O ministro destacou a necessidade de estudar, identificar e propor medidas para combater a infiltração dessas organizações na distribuição de combustíveis.

“Um setor que tem preocupado muito as autoridades, não só federais, mas também estaduais, é exatamente o da distribuição de combustíveis. Temos alguns dados e vamos agora nos certificar se isso é uma realidade: que o crime organizado estaria controlando mais de mil postos de combustíveis. Além disso, controlam algumas refinarias de petróleo e de etanol. Os governadores têm se queixado disso”, disse.

Participaram do encontro representantes do Ministério de Minas e Energia, da Receita Federal, do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). “Temos vários inquéritos [na PF], mas são setoriais, focados em investigar problemas localizados de [postos de combustíveis]. O que queremos é realizar um inquérito mais amplo e abrangente. A grande fonte de renda do crime organizado é o tráfico, e esse dinheiro precisa ser aplicado em alguma atividade lícita. O tráfico é uma das principais fontes de alimentação dessa lavagem de dinheiro”, disse.

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