O aumento de 6% no preço do diesel, anunciado pela Petrobras para fevereiro, trouxe preocupação ao governo federal, especialmente pelo impacto potencial no custo dos alimentos. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), alertou nesta terça-feira (04/02) sobre os reflexos dessa alta nos preços dos produtos em supermercados, dado que o diesel é essencial para o transporte de mercadorias e operações agrícolas no Brasil.
“Preocupa sempre. O diesel impacta no custo do Brasil, né? Sempre o preço de combustível é importante”, afirmou Fávaro. Apesar disso, o governo acredita que uma eventual desvalorização do dólar pode amenizar parte desse impacto, equilibrando os custos de insumos importados utilizados no setor produtivo.
A inflação dos alimentos tem sido um dos principais desafios do governo, que teme que a alta de preços possa afetar a popularidade do presidente. Um levantamento da consultoria LCA, realizado pelo economista Bruno Imaizumi, apontou que o aumento no custo da comida tem neutralizado os avanços nos ganhos de renda da população.
O ministro Fávaro também comentou sobre os recentes desdobramentos da guerra comercial entre Estados Unidos e China, intensificada com a decisão do presidente americano Donald Trump de impor uma tarifa adicional de 10% sobre todas as importações chinesas. Em retaliação, a China anunciou tarifas de 15% sobre carvão e gás natural liquefeito (GNL) dos EUA, e de 10% para petróleo bruto, equipamentos agrícolas e automóveis.
Para Fávaro, essa escalada tarifária pode representar uma chance para o Brasil aumentar sua participação no mercado global. “À medida que restringe o mercado a outros, pode ser uma grande oportunidade para nós. Ninguém é mais competitivo que a produção brasileira”, afirmou o ministro.
Paralelamente, a China iniciou uma investigação antimonopólio sobre o Google, da Alphabet, e incluiu a PVH Corp, dona da Calvin Klein, e a empresa de biotecnologia Illumina em uma lista de possíveis sanções, sinalizando uma intensificação do confronto econômico.
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