A produção de petróleo e gás da Petrobras (PETR3;PETR4) recuou 10,5% na comparação anual, totalizando 2,59 milhões de barris de óleo equivalente (mb/d) entre outubro e dezembro de 2024. Ao longo do ano passado, a petroleira registrou uma produção média de 2,66 milhões de barris por dia, uma queda de 3,1% com o produzido em 2023, sendo que deste montante, 2,1 milhões de barris são de petróleo extraído no Brasil.
Após o resultado divulgado nesta segunda-feira (3), o BTG Pactual reiterou a sua postura otimista em relação à Petrobras para 2025, considerando a estatal como uma das suas principais apostas para o ano.
Na manhã desta terça-feira (4), os papéis PETR3 e PETR4 operam em queda desde o início do pregão. Após a coletiva da presidente da estatal, Magda Chambriard, a estatal diminue as perdas e às 12h20 recuavam 0,61%, a R$ 40,88 (PETR3) e R$ 37,24 (PETR4).
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BTG mantém Petrobras como principal escolha
A escolha da Petrobras como uma das principais empresas no setor de petróleo, vem apoiada na projeção de um dividend yield (rendimento com dividendos) de 12% para 2025, podendo chegar a 14% caso haja dividendos extraordinários.
Segundo o banco, a Petrobras está “fechando 2024 em baixa”, mas ainda mantém fundamentos sólidos. A expectativa é de uma recuperação na produção, impulsionada pela entrada de novas plataformas e menos paradas para manutenção. A projeção do banco é de um aumento da produção para 2,52 mb/d em 2025.
Além disso, o BTG ressaltou que as vendas de petróleo e derivados da Petrobras ficaram acima do esperado no último trimestre, atingindo 2,8 mb/d, 3% acima da previsão. As exportações foram o principal fator de alta, enquanto as importações de diesel caíram para 34 mil barris por dia, o menor nível desde a pandemia.
O banco manteve recomendação de compra para os papéis da Petrobras, com um preço-alvo de US$ 20 para os ADRs (recibos de ações negociados nos EUA), representando um potencial de valorização de 40,7%.
Dividendos e expectativas para o 4T24
A Petrobras divulgará seu balanço do quarto trimestre em 26 de fevereiro. O BTG estima que a empresa registrará um EBITDA de US$ 10,8 bilhões e um lucro de US$ 2 bilhões.
O banco projeta o pagamento de US$ 3,3 bilhões em dividendos, equivalente a um dividend yield de 3,8%, e um investimento total (capex) de US$ 14,2 bilhões para 2024, dentro da faixa revisada da empresa.
Investimentos no refino e transição energética
Durante o Fórum Brasil de Energia, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que a estatal intensificará os investimentos no refino e na transição energética em 2025.
A executiva destacou que a Petrobras concluiu recentemente a expansão da refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, aumentando a produção de diesel em 25 mil barris por dia. Além disso, a empresa pretende finalizar o segundo trem da Rnest e reativar o polo Boaventura (antigo Comperj), no Rio de Janeiro.
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Chambriard também revelou que a companhia planeja investir US$ 19,6 bilhões no refino nos próximos cinco anos, um aumento de 35% em relação ao plano anterior.
Ela enfatizou que esses investimentos estão alinhados com a estratégia do governo federal de estimular o crescimento do PIB brasileiro por meio da Petrobras.
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