O dólar à vista fechou esta terça-feira (28) em queda de 0,74%, cotado a R$ 5,87, atingindo o menor valor desde 26 de novembro de 2024. Apesar do fortalecimento global da moeda, o real se valorizou devido à expectativa de alta da taxa Selic, maior entrada de recursos estrangeiros e ajustes de portfólios.
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A expectativa do mercado é que o Comitê de Política Monetária (Copom) eleve a taxa Selic em 1 ponto percentual nesta quarta-feira (29), alcançando 14,75% ao ano. Essa elevação torna o Brasil mais atrativo para o carry trade – estratégia em que investidores tomam recursos em países com juros baixos e aplicam em mercados de juros elevados, como o Brasil.
Além disso, dados de arrecadação recorde divulgados em dezembro reduziram as preocupações fiscais e incentivaram uma maior entrada de capital no mercado doméstico, favorecendo a apreciação do real.
Movimento técnico do dólar
No exterior, o índice DXY — que mede a força do dólar frente a uma cesta de moedas — subiu 0,5%, impulsionado pelo desempenho da moeda americana contra o euro e o iene. Apesar disso, o real seguiu a tendência de valorização iniciada no início de janeiro, acumulando uma alta de 5,03% no mês.
A ameaça de novas tarifas sobre importações globais feita pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não foi suficiente para conter o recuo do dólar no Brasil. Operadores destacam que o comércio equilibrado entre Brasil e EUA e a ausência de tarifas efetivas contribuem para a estabilidade do cenário local.
Decisão do Copom pode trazer novos sinais
A reunião do Copom, a primeira sob a presidência de Gabriel Galípolo, pode trazer sinais importantes para as próximas decisões de política monetária. Analistas esperam que o Banco Central mantenha a trajetória de alta da Selic, com mais uma elevação prevista para março.
Já nos Estados Unidos, o mercado monitora os próximos passos do Federal Reserve (Fed), que deve manter as taxas de juros estáveis, ampliando o diferencial de juros entre os dois países.
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