O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou a última semana em leve queda de 0,03%, aos 122.446,94 pontos. O desempenho do índice foi afetado principalmente pela divulgação do IPCA-15, considerado prévia da inflação, que veio acima do esperado. O Ibovespa acumula alta de 0,08% na semana e mantém ganhos de 1,80% no mês.
No mercado internacional, destaque para as sanções tarifárias de Trump que repercutem globalmente. O presidente tem sinalizado positivamente para a China, deixando evidente que não pretende promover uma guerra comercial. Por outro lado, México e Canadá se conformam com a expectativa de tarifas a partir do próximo sábado.
À espera de uma semana importante sobre juros, os futuros das bolsas de Nova York apresentam forte queda desde a noite deste domingo, após a notícia de que a DeepSeek da China desenvolveu um Modelo de Aprendizado de Línguas (LLM) de código aberto que tem desempenho equivalente ao GPT-4o, mas requer significativamente menos poder de computação. O índice Dow Jones cai 0,97%; o S&P cede 2,32% e o Nasdaq cai 3,89%.
A notícia também disparou o VIX, o “índice do medo” de WallStreet, que sobe 33,20%, acima de 19. Segundo analistas, a notícia pode causar uma mudança no foco do setor de IA em direção ao Retorno sobre o Investimento (ROI).
No Brasil, destaque para a atuação de Galípolo, que estreia no comando do Copom, que também se reúne na superquarta, com alta contratada de mais 1p.p na Selic, a 13,25%.
Nesta segunda-feira (27) o dólar abriu em alta de 0,48%, a R$ 5,94 e o dólar futuro avançando 0,60%, a R$ 5,95. Os juros futuros também estão em alta, enquanto o Ibovespa futuro cai 0,61%, aos 122.350 pontos.
Manchetes desta manhã
- Maioria das decisões do Judiciário impede tributação de benefícios fiscais (Valor)
- Deportações abrem primeira crise de Trump com a América Latina (Globo)
- Família Diniz analisa venda de posição no Carrefour (Valor)
- Em meio à crise do Pix e inflação dos alimentos, aprovação de Lula cai 5 pontos, diz Genial/Quaest (O Globo)
- Casa Branca diz que Colômbia aceitou termos sobre as repatriações, e Trump vai recuar na adoção de sanções (O Globo)
- JBS compra 50% da Mantiqueira e estreia no mercado de ovos (Valor)
Mercado global
As bolsas da Europa operam em queda, afetadas pelas ações de tecnologia após a empresa chinesa de inteligência artificial (IA) DeepSeek anunciar que desenvolveu modelos de IA, com rumores de ameaçar o domínio global da tecnologia dos Estados Unidos. Além desse acontecimento, o mercado aguarda com expectativa a decisão do Banco Central Europeu sobre o corte de juros na quinta-feira (30).
Na Ásia, as Bolsas de Valores encerrou a sessão desta segunda-feira de forma mista, na véspera do feriado do ano novo lunar chinês, que vai manter os mercados fechados durante toda a semana. O PMI da indústria chinesa mais fraco, aos 49,1 pontos em janeiro, indicando contração do setor também afetou o desempenho dos índices asiáticos, assim como as ações de tecnologia, na esteira da crise em Wall Street.
Em Nova York, o S&P 500 futuro recua 2,4%, Stoxx Europe opera com baixa de 0,7%, o Nikkei recua 0,9% e o Shanghai tem ligeira queda de 0,1%.
Confira os principais índices do mercado:
- S&P 500 Futuro -2,4%
- STOXX 600 -0,7%
- FTSE 100 -0,2%
- Nikkei 225 -0,9%
- Shanghai SE Comp. -0,1%
- MSCI EM -0,3%
- Dollar Index -0,1%
- Yield 10 anos -9,9bps a 4,5222%
- Petróleo WTI +0,5% a US$ 75 barril
- Futuro do minério em Singapura -0,8% a US$ 104,05
- Bitcoin -5,5% a US$ 98787,38
Commodities
- Petróleo: oscila com dólar e acordo de deportações entre EUA e Colômbia. Com o DXY em queda de 0,24% (107,182), o brent/março sobe 0,23%, a US$ 78,68 e o WTI/março avança 0,19% a US$ 74,80.
- Minério de ferro: fechou em alta de 1,06% em Dalian na China, cotado a US$ 111,63/ton. Em Singapura, os contratos futuros estão em queda de 1,03%, cotados a US$ 103,85/ton. O mercado à vista cai 0,09%, cotado a US$ 101,50/ton.
Cenário internacional
Nos EUA, com destaque para a super quarta, o mercado aguarda com expectativa a decisão do Federal Reserve (Fed) para a taxa de juros na quarta-feira (29). A previsão do mercado é que a taxa fique inalterada.
No contexto das sanções comerciais, além de pressionar o mercado com a imposição de tarifas, o presidente dos EUA suspendeu os vistos para Petro, aliados políticos e familiares após o presidente da Colômbia se recusar a receber imigrantes deportados dos EUA.
A semana segue com o calendário de balanços corporativos, com os resultados da Microsoft, da Meta e da Tesla, na quarta (29), e da Apple, na quinta (30). Hoje, foram revelados os números da AT&T (antes da abertura do pregão) e da Western Alliance (depois do fechamento).
Na Europa, as Bolsas de Valores abriram o pregão em baixa, à espera da decisão de juros do BCE, prevista para quinta-feira (30), às 10h15. A Bolsa de Londres (FTSE 100) recuava 0,2% por volta das 7h30, também com o peso das ações de tecnologia, que seguem em queda em NY.
Cenário nacional
No Brasil, destaque também para a super quarta, com a decisão dos juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), na quarta-feira (29). Será a primeira reunião sob comando de Gabriel Galípolo.
A agenda do dia iniciou com a divulgação do tradicional Boletim Focus, com as projeções para a inflação disparando antes das decisões sobre os juros.
Entre os compromissos do dia, hoje o presidente Lula se encontra com a presidente da Petrobras, Magda Chambriard em Brasília, às 15h. Participarão do encontro os ministros das Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Casa Civil, Rui Costa, com rumores de que discutirão um possível reajuste dos preços dos combustíveis.
Destaques no mercado corporativo
- Carrefour: herdeiros do empresário Abílio Diniz decidem vender suas participações no Carrefour e no Carrefour Brasil, segundo Lauro Jardim, no O Globo. A família detém 9,23% da empresa global, o equivalente a US$ 800 milhões, e 10,2%, da varejista aqui no Brasil.
- Eletrobras: convocou assembleia para o dia 26 de fevereiro para discutir o aumento do número de membros do conselho, dos atuais nove para dez pessoas.
- Eztec: acionistas ampliaram participação para 55,03% do capital social.
- Algar: Telecom: Emitirá R$ 400 milhões em debêntures simples.
- Petrobras: ANP determinou unificação de campos na Bacia de Santos.
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