Bloqueio de R$ 6 bilhões ameaça continuidade do programa Pé-de-Meia, diz AGU ao TCU

Recentemente, o Tribunal de Contas da União (TCU) ordenou o bloqueio de R$ 6 bilhões destinados ao programa governamental Pé de Meia. Tal decisão repercutiu de forma significativa, especialmente porque o programa é uma das principais iniciativas sociais do atual governo, voltada para estudantes do ensino médio público cadastrados no CadÚnico. A suspensão visa esclarecer supostas irregularidades identificadas na execução do programa.

Segundo informações da Caixa Econômica Federal, com essa medida, os fundos disponíveis para o programa cobrem apenas até o final de dezembro. No último levantamento, o saldo no fundo que financia o programa era de aproximadamente R$ 762,7 milhões. O bloqueio afeta diretamente o financiamento do programa, feito pelo Fundo de Incentivo à Permanência no Ensino Médio (Fipem), administrado pela Caixa.

Por que o TCU Bloqueou os Recursos?

A origem do bloqueio está em uma representação do Ministério Público junto ao TCU. Esta denúncia indicava possíveis irregularidades na administração dos recursos do programa. O ministro do TCU, Augusto Nardes, após análise, emitiu uma medida cautelar formalizando o bloqueio dos R$ 6 bilhões. A decisão foi apoiada pelo plenário do TCU alguns dias depois.

O ponto central é que, conforme o TCU, o pagamento aos beneficiários do programa não poderia ser feito diretamente através do fundo que o financia. Em vez disso, os recursos deveriam ser encaminhados via Tesouro Nacional, constando no Orçamento Geral da União que ainda precisa ser aprovado pelo Congresso.

Alunos do ensino médio recebem primeira parcela do Pé-de-Meia em fevereiro
Grupo de estudantes – Créditos: depositphotos.com / EdZbarzhyvetsky

Quais Medidas Foram Solicitadas pelo TCU?

Para resolver o impasse, o TCU detalhou uma série de diretrizes a serem seguidas. Primeiramente, o Ministério da Educação não pode usar recursos do Fundo Garantidor de Operações (FGO) e do Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (Fgeduc). Esses fundos são tradicionalmente transferidos ao Fipem para financiar o Pé de Meia.

  • Antes de poderem ser utilizados, os recursos precisam ser registrados na conta do Tesouro Nacional.
  • Esses fundos devem ser também contemplados na lei orçamentária, a qual ainda aguarda aprovação congresso.
  • Finalmente, a Caixa Econômica Federal deve efetuar o bloqueio dos R$ 6 bilhões recebidos do Fgeduc ao Fipem, assegurando assim a salvaguarda financeira para o programa.

Como Fica o Futuro do Pé de Meia?

O impedimento de acesso a esses recursos coloca em risco o andamento do Pé de Meia, necessitando de uma solução rápida. O bloqueio temporário exige esclarecimentos adicionais do Ministério da Educação e da Caixa Econômica Federal sobre a aplicação dos recursos. A resolução das questões processuais e orçamentárias é vital para a continuidade do programa em 2024.

A decisão tomada sobre o bloqueio sublinha a importância de processos transparentes na gestão de fundos públicos. O desfecho deste caso ainda depende da movimentação governamental em atender às exigências regulatórias, assegurando a liberação dos recursos bloqueados e a permanência dos benefícios aos estudantes. A situação segue aguardando atualização à medida que novos desdobramentos legais e administrativos surgem.

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