Brasileiros terminam 2024 com menos dívidas, diz pesquisa

O percentual de famílias brasileiras com dívidas diminuiu 0,3% em dezembro de 2024, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) nesta quarta-feira (22).

Sobre novembro, a proporção de endividados caiu de 77% para 76,7%. Em relação a dezembro de 2023, a queda foi de 0,9 ponto percentual, quando o índice alcançava 77,6%.

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A CNC atribuiu a redução no endividamento à cautela das famílias diante do cenário econômico. A taxa Selic elevada e a inflação aumentam o custo do crédito, dificultando o acesso a novas dívidas.

O levantamento considera como dívidas modalidades como cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimos pessoais, cheque pré-datado e prestações de carro e casa.

Inadimplência segue alta

Embora o endividamento tenha diminuído, a inadimplência — ou seja, contas em atraso — permanece em patamar elevado. A proporção de famílias inadimplentes caiu ligeiramente de 29,4% em novembro para 29,3% em dezembro. No entanto, esse índice ainda é superior ao registrado em dezembro de 2023, quando era de 28,8%.

Já o percentual de consumidores que afirmaram não ter condições de pagar suas dívidas vencidas subiu de 12,9% em novembro para 13% em dezembro, alcançando o maior patamar da série histórica.

Renda comprometida e prazos de quitação

A parcela da renda comprometida com dívidas caiu para 29,8% em dezembro, menor nível para o mês desde 2019. Por outro lado, o prazo médio para quitação das dívidas aumentou para 7,4 meses, frente aos 6,9 meses registrados em 2023, indicando uma busca por melhores condições de pagamento.

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De acordo com Felipe Tavares, economista-chefe da CNC, apesar da melhora no comprometimento da renda, os juros elevados e o encarecimento do crédito seguem dificultando a gestão financeira das famílias. Tavares destaca a importância de reforçar a educação financeira e implementar políticas de renegociação de dívidas.

Perspectivas para 2025

Para o próximo ano, a CNC recomenda atenção ao comportamento da inadimplência, considerando o cenário de juros altos e inflação persistente. Segundo a entidade, a gestão cuidadosa das finanças pessoais será fundamental para enfrentar a instabilidade econômica.

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