O candidato do NOVO à Prefeitura de Fortaleza, Eduardo Girão, não terá nem mesmo alguns segundos de Rádio e TV para a sua campanha no Horário do TRE. O caso de Girão é resultado de falta de alianças partidárias. Na mesma rota, seguem os outros candidatos oposicionistas que mal passam de um minuto o tempo de seus candidatos. Oposicionistas do Ceará até que teriam condições de sair vitoriosas no pleito municipal deste ano. Isso, entretanto, como já se manifestaram oposicionistas experientes, se os partidos e lideranças não estivessem cometendo o erro crasso de se subdividirem em torno de três candidaturas, no caso, Capitão Wagner (UB), André Fernandes (PL) e Eduardo Girão (NOVO). Quem já reconhece essa situação defende publicamente a união das oposições que, a seu ver, não colocarão dois candidatos no segundo turno eleitoral. Antes mesmo de qualquer dos demais candidatos, o primeiro a “dar o pulo” foi o deputado André Fernandes, que tem tido a infantilidade de se “assanhar” contra o Capitão Wagner. Para ele, Wagner já queimou as chances de se eleger. Não é de admirar a situação de dúvidas e de incertezas dos eleitores que não pretendem votar em candidato de Camilo, Elmano e Lula, diante da possibilidade de uma aliança direitista que viraria guerra até pela escolha do candidato. Como estamos apenas nos primeiro passos da campanha, ainda há muito a se ver. Oposição, ou situação desunida, é botar o pé na beira do abismo, ensinava Virgílio Távora.
Assim trabalham os políticos. Valeu a informação de ontem na coluna em primeira mão. Fontes do PT confirmam que é perfeitamente viável um acordo com o Capitão Wagner no segundo turno das eleições para a prefeitura de Fortaleza. O candidato do União Brasil vem sendo hostilizado pelo deputado André Fernandes, considerando que o seu afastamento do bloco oposicionista beneficiaria a sua postulação para liderar o primeiro turno, aumentando as suas chances para derrotar quem se habilitar a disputar com ele a decisão do pleito.
Tudo menos o diabo. Essa estratégia é considerada viável e interessa ao PT e ao UB. Wagner, liderando as pesquisas, tem tudo para derrotar o candidato do bolsonarismo cuja vitória em Fortaleza seria uma tragédia para o governador do Ceará com reflexos altamente negativos para o PT nacional. Para os petistas, se o candidato do partido não lograr êxito, uma vitória do Capitão eliminaria os “diabos” do PDT e do PL, partidos hostis a Elmano de Freitas e Camilo Santana.
Alternativa. Por outro lado, o candidato do UB é a única alternativa para deixar bem situado o PT estadual, abrindo perspectivas para ampliar o entendimento de suas lideranças com o presidente Lula respaldado por laços de interesses comuns, tornando o diálogo mais confiável nos dois lados, fator que mais interessa ao presidente para aumentar a sua tropa na capital federal. A segurança de uma eleição para o capitão Wagner, mesmo com a ajuda do governo, abria espaços importantes e preciosos para o crescimento do UB no Ceará.
Dinheiro na mão. Nas escolas do segundo grau do Brasil os recursos liberados passarão a ser entregues diretamente aos diretores desses estabelecimentos. A declaração é do Ministro da Educação, Camilo Santana que lançou o Programa Dinheiro Direto na Escola, coordenado pelo FNDE, para aperfeiçoar os efeitos do ensino em tempo integral. Assim, a grana do MEC não mais passará pela mão de políticos ambiciosos de ficha não muito limpa.
Reforço à educação. Com o objetivo de fazer permanecer a condição de Estado com as melhores escolas, o governador Elmano de Freitas entregou 29,8 mil Notebooks aos professores da rede pública. Para coroar essa obra de melhoramentos da Educação, ele anunciou também a aquisição de 200 mil tablets a serem distribuídos com todos os aluno de tempo integral.
Causando estranheza. Pelo que vêm demonstrando os candidatos Evandro Leitão (PT) e Sarto Nogueira (PDT), eles parecem esquecer que terão de enfrentar candidatos como Capitão Wagner (UB), que tem peso eleitoral, André Fernandes (PL), bolsonarista de carteirinha, e Eduardo Girão (NOVO), que tem bom discurso. Há o risco de um deles ter que apoiar um desses aí.
Elas ainda não. A divulgação, pelo TSE do quadro definitivo de candidatos em todo o país veio trazer nova decepção para quem defende mais mulheres na política. Mesmo elas sendo maioria, só terão 155 mil na disputa, contra 300 mil candidatos masculinos. Segundo lideranças femininas a esperança era de que elas seriam pelo menos 40% na disputa eleitoral.
Acordão apoiado. Deputados da bancada federal do Ceará são quase unânimes em aprovar e elogiarem a ação da Associação Brasileira de Jornalistas Investigativos no sentido de que seja saber a fundo o paradeiro das mal afamadas “emendas PIX”, com dezenas de bilhões “rachados”, para prefeitos amigos.
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