O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), registrou alta de 2,81% nesta quarta-feira (15), chegando aos 122.650,20 pontos, seu maior fechamento desde dezembro e melhor desempenho diário desde 5 de maio de 2023, segundo análise da consultoria Elos Ayta.
A recuperação do índice foi motivada, principalmente, pelos dados sobre a inflação dos Estados Unidos (EUA), medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (CPI) menor que o esperado, motivando novos cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed).
No mercado doméstico, as ações dos grandes bancos também contribuíram para o movimento de alta, pois passaram a subir após o governo revogar as mudanças na fiscalização do Pix. Os papéis do Itaú (PN) foram os que mais valorizaram, avançando 4,34% no fechamento do mercado.
O mercado internacional segue atento à possibilidade de novos cortes de juros nos EUA, após o CPI mostrar uma desaceleração da inflação; além da continuidade da publicação de resultados dos grandes bancos, BofA e do Morgan Stanley, que devem animar o setor financeiro em Wall Street.
Entre os indicadores importantes, dados sobre o desempenho do varejo dos EUA são esperados com expectativa de também influenciar a decisão do Fed sobre os juros.
No Brasil, o mercado também monitora o comportamento econômico a partir de indicadores econômicos, como o IBC-Br novembro, conhecido como a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), que registrou alta de 0,10%, após avançar 0,14% em outubro.
O governo anunciou ontem que vai revogar a instrução normativa da Receita Federal sobre fiscalização de Pix acima de R$ 5 mil, após polêmicas com fake news sobre a taxação de transações financeiras.
Nesta quinta-feira (16), o dólar abriu em queda de 0,06%, a R$ 6,02, enquanto o dólar futuro avança 0,03%, a R$ 6,03. Os juros futuros também abriram em alta e o Ibovespa futuro recua 0,14%, aos 123.325 pontos.
Manchetes desta manhã
- Governo recua e revoga norma que fiscaliza Pix (Valor)
- Benefício a refinaria da Amazônia amarra sanção de reforma tributária (Valor)
- Presidente Lula vê sucessão de erros e derrota para oposição em norma sobre PIX (Folha)
- Com recuo em regras do Pix, reforma do Imposto de Renda é vista como urgente pela base aliada (O Globo)
- IBC-Br: Prévia do PIB registra alta de 0,1% em novembro (O Globo)
- Cosan prepara venda de ações da Vale em bloco na B3 (Valor)
Mercado global
As bolsas da Europa operam mistas e com otimismo sobre inflação, apesar da pressão dos dados fracos sobre o crescimento do Reino Unido.
Na Ásia, os índices encerraram o pregão desta quinta-feira em alta, com apoio de Nova York após o CPI dos EUA e fatores locais. Taiwan liderou as altas no mercado asiático, com alta forte da TSMC após divulgar os resultados de receita e lucro no 4º trimestre.
Na Coreia do Sul, a alta do índice foi motivada pela decisão do BC de manter inalterada a taxa de juros. E, na China, a alta foi limitada pela pressão sobre os papéis de semicondutores, que caíram em bloco.
Em Nova York, o S&P 500 futuro sobe 0,3%, Stoxx Europe +0,8%, o Nikkei fechou em alta de 0,3% e o Shanghai +0,3%.
Confira os principais índices do mercado:
- S&P 500 Futuro +0,3%
- STOXX 600 +0,8%
- FTSE 100 +0,9%
- Nikkei 225 +0,3%
- Shanghai SE Comp. +0,3%
- MSCI EM +1,1%
- Dollar Index +0,1%
- Yield 10 anos estável a 4,6573%
- Petróleo WTI -0,1% a US$ 79,94 barril
- Futuro do minério em Singapura +2% a US$ 102,6
- Bitcoin -0,4% a US$ 99327,13
Commodities
- Petróleo: Petróleo: cede de leve após atingir máximas de vários meses devido a sanções e estoques. O Brent/março cai 0,11%, a US$ 81,94 e o WTI/fevereiro cede 0,07%, a US$ 79,98.
- Minério de ferro: fechou em alta de 1,92% em Dalian na China, cotado a US$ 108,71/ton. Em Singapura, os contratos futuros estão em alta de 1,89%, cotados a US$ 102,65/ton e o mercado à vista está em alta de 1,03%, cotado a US$ 101,00/ton.
Cenário internacional
Nos EUA, destaque para a divulgação dos balanços do Bank of America e do Morgan Stanley, que ocorreram antes da abertura do mercado.
Entre os indicadores econômicos mais relevantes, destaque para os dados sobre as vendas no varejo de dezembro e pedidos semanais de seguro-desemprego, às 10h30.
Na China, expectativa para a divulgação do PIB do 4º trimestre no final da noite, além da produção industrial de dezembro, vendas no varejo e taxa de desemprego.
Cenário nacional
No Brasil, a agenda iniciou com a divulgação do IBC-Br de novembro, que mede a atividade econômica do país e é considerado uma prévia mensal do PIB. Ainda hoje haverá o leilão de LFTs e NTN-Bs do Tesouro.
Entre os compromissos do dia, o presidente Lula tem reuniões com os ministros Fernando Haddad e Sidônio Palmeira ao longo do dia e sanciona hoje, às 15h, o projeto de lei complementar 68/2024, que regulamenta a reforma tributária.
Destaques no mercado corporativo
- Gol e Azul: a Abra, controladora da Gol, e a Azul assinaram um memorando de entendimento para fusão entre as empresas, mas ainda depende da conclusão do processo de reestruturação da Gol, que está em recuperação judicial nos EUA.
- Even: teve alta de 30% dos lançamentos, mas as vendas líquidas caíram 16,3% no 4º trimestre.
- Cyrela: teve aumento de 93% das vendas líquidas e os lançamentos subiram 184% no 4º trimestre.
- Plano&Plano: teve queda de 42,9% das vendas líquidas no 4º trimestre.
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