A economia brasileira acumulou alta de 3,76% entre janeiro e novembro de 2024, na comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB). Nos 12 meses encerrados em novembro, o crescimento foi de 3,58%.
Divulgado nesta quinta-feira (16), o IBC-Br registrou avanço de 0,10% em novembro na comparação com outubro, considerando a série com ajuste sazonal. O resultado superou as expectativas do mercado, que indicavam uma queda de 0,10%. O índice subiu de 154,0 para 154,2 pontos, atingindo o maior patamar da série histórica.
Na comparação com novembro de 2023, o indicador subiu 4,11% na série sem ajuste sazonal, também abaixo da expectativa de alta de 4,30%, mas ainda marcando o maior nível para meses de novembro na série histórica.
Revisões de resultados do IBC-Br
O Banco Central revisou para baixo os dados de meses anteriores. O crescimento de outubro foi ajustado de 0,14% para 0,09%, setembro de 0,88% para 0,73% e agosto de 0,30% para 0,28%.
A revisão também afetou o crescimento do terceiro trimestre, que passou de 1,23% para 1,11%, na comparação com o segundo trimestre de 2024. O ajuste sazonal incorporou atualizações nos regressores de calendário, considerando o feriado do Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro.
Perspectivas para o PIB
Apesar do avanço do IBC-Br em novembro, setores como produção industrial (-0,6%), varejo (-0,4%) e serviços (-0,9%) apresentaram queda no mesmo mês. Isso levou economistas a ajustarem suas projeções para o PIB de 2024 e 2025.
Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, reduziu sua previsão de crescimento do PIB para o quarto trimestre de 2024, de 0,5% para 0,3%. A projeção para o crescimento anual de 2024 também foi revisada, de 3,5% para 3,3%.
Para 2025, Borsoi mantém uma previsão de alta de 1,8% no PIB, atribuindo o desempenho esperado à recuperação da safra agrícola, que pode impulsionar o resultado no início do ano, apesar das condições desafiadoras para consumo e investimentos.
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